Sem espaço para os irresponsáveis que se opõem a vacinas, externo a Hilleman nossa gratidão.
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
Pessoas que precisam ser conhecidas
quinta-feira, 27 de agosto de 2020
Raciocínio singelo
Em matéria publicada há pouco, o portal Uol ― usando, claro, linguagem diferente ― afirma que o Deus Mercado, a única entidade que deve ser ouvida quando se trata de políticas públicas, está irritado com aquele excremento que ocupa a presidência da República, e cujo nome não pronuncio, porque este, visando a reeleição em 2022, está se afastando da agenda neoliberal, que é a obsessão do ministro da Economia, Chicago boy e escroto Paulo Guedes. Eis o link da matéria: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/08/27/bolsonaro-agenda-liberal-guedes-desenvolvimentismo.htm
Vou-me permitir um raciocínio simplório, mas que realmente me parece lógico.
Se um candidato precisa se afastar do discurso neoliberal e adotar um tom de defesa do Estado assistencialista, como condição para se eleger, isso prova por A + B que a maioria da população brasileira, aquela que numericamente (embora não ideologicamente) decide as eleições, deseja que essas políticas assistenciais existam, e não as práticas neoliberais. A maioria da população, empobrecida de muitas maneiras diferentes, quer o programa de geração de renda, quer o microcrédito para o pequeno empreendedor, quer a escola e universidade públicas, que o Sistema Único de Saúde, etc. Ela não quer, embora talvez não saiba explicar isso, que o Estado se ausente e deixe os empresários resolverem tudo a seu bel prazer. Não quer a absoluta desregulamentação. Não quer ser exposta à tal liberdade de mercado, sem garantias.
Está provado, segundo entendo, que a ideologia neoliberal não serve ao Brasil, porque não traz desenvolvimento, nem igualdade, nem justiça. Por força de consequência, também está provado que quem se elege com um discurso e, no governo, pratica outro, comete um evidente estelionato eleitoral e deveria ser brindado, pelo eleitorado, com a derrota, o ostracismo e, quem sabe, medidas de responsabilização.
O Deus Mercado, auxiliado por uma malta hidrófoba que não arrefece sua crueldade, conseguiu usurpar o mandato de Dilma Rousseff em 2016 e colocou no posto, em 2018, aquele que estava, no momento, em melhor posição para afastar o PT. Mas eu desejo, sem querer incorrer em ingenuidade, que ele já tenha entendido que o capitão não sabe, não consegue e não pode governar. Com ele, ninguém conseguirá o que almeja ― nem o mercado, pois países desenvolvidos não compram mercadorias de fornecedores sem responsabilidade ambiental, para citar apenas um exemplo.
O projeto alucinado de 2018 precisa acabar, o quanto antes, Há motivos para impeachment, há motivos para responsabilização criminal, mas não conto com nada disso. Ainda acho que a via da eleição, em 2022, segue sendo a opção mais firme, concreta e segura para se tentar resgatar o país. Mas não adianta esperar um ungido: quem quer que se eleja, estará abençoado por forças que não advêm do povo. No xadrez da realidade, há uma turma que não perde nunca.
Fiscais da "coerência"
O oncologista Dráuzio Varella incomoda. Mesmo com sua postura contida, tornou-se um comunicador bem-sucedido, querido pelo grande público e, particularmente, dotado de credibilidade. Como médico e como escritor, tornou-se (não sei se intencionalmente) uma voz para um dos setores mais vulneráveis da sociedade: os presidiários. Mostrar empatia com a população carcerária não é o caminho mais seguro para conservar uma boa imagem perante o brasileiro médio.
Nos últimos dias, as redes sociais se encheram de postagens de gente reclamando que Varella passou o ano mandando as pessoas ficarem em casa, devido à pandemia do coronavírus, mas agora está incentivando as pessoas a serem mesários voluntários. Buscam minar sua credibilidade por suposta incoerência.segunda-feira, 3 de agosto de 2020
EGÍDIO
Egídio Machado Sales Filho PRESENTE!
O escritório SÍLVIA MOURÃO ADVOGADAS ASSOCIADAS lamenta profundamente informar o falecimento do advogado EGÍDIO MACHADO SALES FILHO, ocorrido neste domingo (2.8.2020).
Os membros de nossa equipe tiveram em EGÍDIO, em diferentes épocas, um prestativo amigo, um notável colega de profissão, um professor de Filosofia do Direito na Universidade Federal do Pará, e de tantos outros saberes por onde passava, um mentor, um chefe no serviço público, que mantinha sua porta aberta aos colegas e ao povo.
Tivemos nele, sempre, um exemplo de cidadão, aguerrido nas lutas por justiça social, por igualdade de direitos e por assegurar voz aos vulneráveis. Mais do que palavras, EGÍDIO materializava suas convicções, por exemplo, advogando gratuitamente para famílias de vítimas da violência ― um papel que, em uma sociedade convictamente desigual, constitui um ato de doação.
Choramos hoje, porque estamos tristes com a sua partida abrupta. Mas honraremos sua memória e legado, lembrando que EGÍDIO era também um companheiro de gargalhadas, de brincadeiras sagazes e de acolhimento. Por ele, e pelos que ele defenderia, seguiremos perseguindo os sonhos que compartilhamos e brindando à vida, com um largo sorriso no rosto.