Imagine um grupo de pessoas recrutadas para viver uma vida dupla. Oficialmente, são consultores ou analistas financeiros bem intencionados. Na verdade, são executivos de empresas conluiadas com o governo dos Estados Unidos, cuja missão é visitar chefes de Estado pobres e oferecer-lhes financiamentos para grandes investimentos — em exploração de petróleo, produção de energia elétrica, construção de portos e estradas, etc. Eles elaboram relatórios fraudulentos, mostrando que o país terá enriquecido no espaço de 10, 20 anos.
Os financiamentos são concedidos e o dinheiro acaba nas mãos de empresas americanas, que executam as obras. O suposto desenvolvimento econômico não acontece e os países, que já eram pobres, agora estão drasticamente endividados. Sem condições de pagar, são obrigados a vender suas mercadorias para os americanos a preços baixos, especialmente petróleo; ou são obrigados a votar com os americanos na ONU; ou ainda devem auxiliá-los em guerras. Os negócios são firmados graças à corrupção nos governos, pois as famílias dos líderes são proprietárias de empresas que se beneficiarão, seja através de contratos secundários das obras, seja através da produção de energia. Se algum líder nacional se recusar a participar da negociata, corre o risco de ser assassinado pelos "chacais".
Os financiamentos são concedidos e o dinheiro acaba nas mãos de empresas americanas, que executam as obras. O suposto desenvolvimento econômico não acontece e os países, que já eram pobres, agora estão drasticamente endividados. Sem condições de pagar, são obrigados a vender suas mercadorias para os americanos a preços baixos, especialmente petróleo; ou são obrigados a votar com os americanos na ONU; ou ainda devem auxiliá-los em guerras. Os negócios são firmados graças à corrupção nos governos, pois as famílias dos líderes são proprietárias de empresas que se beneficiarão, seja através de contratos secundários das obras, seja através da produção de energia. Se algum líder nacional se recusar a participar da negociata, corre o risco de ser assassinado pelos "chacais".
Está achando que isso é o enredo de algum filme de Hollywood? Errou. Segundo o economista americano John Perkins, também não é apenas uma teoria conspiratória. Trata-se da mais pura realidade, uma prática iniciada em 1951, quando Kermit Roosevelt, neto de Theodoro Roosevelt, foi mandado ao Irã com a missão de derrubar do poder o xã Mossadegh, eleito democraticamente, o que consegui graças a uma campanha difamatória. Provou que investir nessas ações "estratégicas" dava certo e saía muito mais barato do que operações militares, além de ser mais seguro, em plena guerra fria.
Perkins conta tudo o que viveu nesse trabalho com o qual teria rompido por problemas de consciência no livro Confissões de um assassino econômico. O termo assassino ou sabotador econômico foi criado por Perkins, para designar esses agentes cuja meta era arruinar países pobres, pondo-os em situação de dependência em relação aos Estados Unidos. O livro foi publicado no Brasil pela Editora Pensamento-Cultrix e está à venda por R$ 33,30.
Segundo o autor, os assassinos econômicos existem hoje em maior quantidade do que em sua época. E ele tem certeza de que Lula foi visitado por eles.