Belém não tem prefeito há vários anos. Para mim, isto é um fato, não importa o que diga a absurda propaganda dos senhores deste engenho, encastelados no governo do Estado e ramificados nas demais instituições públicas. Masoquistas que somos, ou talvez loucos por abandono e mesmo morte, nós reelegemos as nulidades, circunstância que a qualquer observador induziria a conclusão de que merecemos a nossa sorte.
No entanto, eu vivo aqui e quero uma vida melhor para mim, minha família, meus amigos e para cada pessoa que aqui tem as suas raízes ou simplesmente está de passagem. E olhando em volta, podemos perceber medidas relativamente simples, que poderiam ser implementadas de imediato, com gastos módicos, a desviar do habitual argumento de inexistência de verba.
Assim, para não ficar na crítica vazia e nos discursos figadais, seguem algumas sugestões de medidas concretas a serem implementadas por um gestor de boa vontade (se tivéssemos ao menos um gestor, nem sonharei com a boa vontade!):
1 Melhorar a iluminação pública
Belém é uma cidade soturna. Trafegar à noite, inclusive nos bairros privilegiados, provoca uma sensação aflitiva. Não sei você, mas a escuridão me deprime. Além disso, aumenta a sensação de insegurança em relação a ataques criminosos. Durante a gestão do pernicioso Duciomar Costa, não tínhamos sequer iluminação natalina. Agora temos, mas restrita, é claro, a logradouros como Avenida Nazaré e Visconde de Souza Franco, além da Praça Batista Campos, que não é uma iniciativa do poder público.
No entanto, o contribuinte paga pela iluminação pública. Só não a recebe, exceto nas notícias publicadas na página da Secretaria Municipal de Urbanismo (http://www.belem.pa.gov.br/app/c2ms/v/?id=13), mas aí são tucanos fazendo propaganda, então já sabemos.
É urgente expandir e melhorar a iluminação da cidade, inclusive adotando padrões mais modernos, p. ex. substituindo as lâmpadas de vapor de sódio por LED (cf. http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=3&Cod=1222).
2 Combater a aridez da cidade
Cidade das mangueiras? Só se for nos bairros ditos nobres e olhe lá. Quanto mais o tempo passa, nossa cidade vai perdendo todo o verde e se tornando cada vez mais cinzenta e inóspita. O poder público parece tão acostumado ao processo de favelização que não se importa mais em nos legar blocos de concreto em vez de passeios ou canteiros centrais com um mínimo de urbanização.
Um exemplo bem característico é a Av. Júlio Cézar. Reinaugurada com pompa quando o governador Almir Gabriel se ufanava de ser o verdadeiro prefeito de Belém, enquanto prejudicava deliberadamente a gestão de Edmilson Rodrigues, tinha uma bela iluminação e um bem cuidado canteiro central. Os restos disso ainda podem ser vistos no trecho entre Almirante Barroso e Pedro Álvares Cabral (durante o dia, porque à noite é um breu só). No entanto, no trecho entre os dois elevados, a desolação é lastimável. O prolongamento da Avenida Independência é outro exemplo de projeto que já saiu da prancheta feio, sem cor, morto.
Fazer projetos com paisagismo e arborização é uma medida urgente. Alguém é capaz de dizer onde existe uma flor nesta cidade, que não seja em propriedades privadas?
Código de Posturas de Belém, este desconhecido:
Art. 24 – Para proteger a paisagem, os monumentos e os locais dotados de particular beleza e fins turísticos, bem como obras e prédios de valor histórico ou artístico de interesse social, incumbe à Prefeitura, através de regulamentação adotar medidas amplas, visando a:
I – preservar os recantos naturais de beleza paisagística e finalidade turística mantendo sempre que possível, a vegetação que caracteriza a flora natural da região;
II – proteger as áreas verdes existentes no Município, com objetivos urbanísticos, preservando, tanto quanto possível, a vegetação nativa e incentivando o reflorestamento;
III – preservar os conjuntos arquitetônicos, áreas e logradouros públicos da cidade que, pelo estilo ou caráter histórico, sejam tombados, bem assim quaisquer outros que julgar conveniente ao embelezamento e estética da cidade ou, ainda, relacionadas com sua tradição histórica ou folclórica;
IV – fiscalizar o cumprimento de normas relativas à proteção de beleza paisagística da cidade.
3 Recolher automóveis abandonados
Por onde você ande na cidade, inclusive nos bairros centrais, não é difícil encontrar automóveis abandonados, alguns já na condição de sucata. Os problemas daí decorrentes são vários, desde à mobilidade (existência de um obstáculo permanente à passagem de pessoas) até a saúde pública (focos de proliferação de mosquitos). Mas este é um problema que admite solução imediata com custo mínimo: remoção do carro ou sucata, notificação do proprietário (se conhecido) e cobrança dos encargos cabíveis.
Com um pouco mais de boa vontade, podemos acabar com os ferros-velhos e oficinas instalados em plena via pública. Poderíamos começar pela Av. Pedro Miranda, entre Doutor Freitas e Alferes Costa.
4 Corrigir o sentido das vias marginais ao canal da 3 de Maio
Ainda no tempo em que Hélio Gueiros era prefeito, quando aconteciam as obras da macrodrenagem da Bacia do Una, uma medida foi implementada para melhorar o acesso à Universidade da Amazônia: foram invertidas as mãos das marginais do canal da 3 de Maio. E como aqui ninguém se importa com nada, a besteira permanece do mesmo jeito até hoje. Na confluência com a Av. Antônio Barreto, trecho de grande tráfego, a confusão se estabelece entre quem quer seguir adiante e quem quer dobrar.
A meu ver, e admitindo minha condição de leigo em engenharia de trânsito, uma solução razoável para aquele trecho tão complicado seria corrigir o sentido das vias marginais e instalar, na Antônio Barreto, antes do canal, uma faixa elevada para travessia de pedestres (figura ao lado, meramente ilustrativa). Com isso, acabaríamos com o deslocamento em X que os condutores precisam fazer atualmente, para seguir pela 3 de Maio, reduzindo a velocidade para viabilizar o cruzamento da via sem a necessidade de semáforo (outra desgraça que inferniza a vida do belenense).
Claro que, pensando um pouco, logo lembraríamos diversas outras sugestões simples para melhorar a qualidade de vida em Belém, do ponto de vista de quem enfrenta esses problemas. Para não perder a ideia, deixo aqui estas quatro e convido você a pensar em outras questões pontuais.
Agindo de maneira proativa, quem sabe consigamos que, no dia em que tivermos um prefeito, possamos implementar algumas boas ideias.
2 comentários:
Bom...,
Portanto, visto que está agorinha chegando o amanhecer do 1º domingo de 2017, vamos vestir-nos, tomarmos o café da manhã -- de preferência um capuccino --, e vamos trabalhar no PC para ter dias melhores, tendo sempre o capacete e a espada à mão.
Os nossos inimigos já sabemos! São a picaretagem, a baranguice, a cafonice, o Kitsch, a breguice e a mentira publicitária das velhas e velhos de Mídias Sociais do Petismo.
Embora, por outro lado, já tenham sido privados daquela imagem ilusória de invencibilidade que tinha sido criada por João Santana, e feito tanta gente tornar-se isentona e alienada, postando coisinhas infantis e oba-oba em sítios como o G+ e Facebook. E, daí, esquecendo totalmente de falar mal do PT.
Todos esses bregas e essas bregas, que são categoricamente a favor das forças financeiras das trevas, vão continuar passivas e isentonas em 2017! Como se nem o ano 2016 tivesse acabado e passado. Afinal, sabemos, petistas têm Natal e reveillon ruins e antiquados. O ano 2016 foi o da vitória. Essas asseclas do Petismo estão longe de ser derrotadas. A baranguice é tal qual ERVA DANINHA, cresce a minuto. Portanto fiquem de OlhOs bem abertos!
MAS, MESMO ASSIM, SERÁ UMA NOITE NÃO SOTURNA E SIM SOLAR E ALEGRE!
O que queremos dizer é que a luta continua. Mas será uma luta mais alegre e mais solar, porque vemos divisões e dúvida no coração do inimigo, e vemos as primeiras luzes do sol, depois de uma longa noite de 13 anos de toda espécie de baranguice.
¿Por quê? ¿Por que dizemos que será uma luta mais alegre?
Porque afinal a analfabeta política, de 50 milhões de votos, foi dado-lhe um ponta-pé na traseira pensante que ela leva sobre o pescoço, naquele glorioso ano de 2016.
Por mais que possa parecer estranho e paradoxal, se milhões de brasileiros encontrarem mais coragem para se opor à máquina infernal que os aprisiona, a encontrarão também os milhões de cidadãos estadunidenses, que têm demonstrado que não querem mais ser soldadinhos de chumbo dispensáveis ou vacas leiteiras. Claro que estou a falar de gente pensante, e não de bregas, nem de universitárias de unidades decadentes do interior brasileiro e muito menos estou a debater a respeito de i-sen-to-nas.
E, por mais estranho que pareça, mudando um pouco de assunto, um engraçado irlandês meio alemão que construiu um império hoteleiro, poderá, agora, jogar suas cartas no grande jogo. Digo lá nos Estados Unidos da América (país esse que nos permite está escrevendo nesse Newsletter nesse exato momento, o inventor da Internet).
Não sabendo para que lado ele vai jogar exatamente, mas tendo em vista aqueles que tudo fizeram para impedir sua eleição, desejamos, desportivamente, poder apreciar a sua devida revanche! Dia 20 é a posse. Corajoso, que fala o que pensa, sem picaretagem fingida.
Após ler e reler o seu comentário, minha resposta é esta: eu tenho um primo que toca violão.
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