terça-feira, 20 de junho de 2017

Os aprovados de junho de 2017

Divulgado hoje o resultado do XXII Exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Foi maravilhoso, por isso gostaria de me congratular muito carinhosamente com:

Amanda Brena Souza da Costa
Amanda Gonçalves Oliveira
Amanda Vieira da Gama Malcher
Ana Carolina Farias Ribeiro
Anelise Trindade de Nazaré (cabanos, uni-vos!)
Antonio José Martins Fernandes
Beatriz Figueira Noronha
Bianca de Castro Bordalo
Bianka Fernandes Pontes de Souza
Bruna Lima Araújo Corrêa
Caio Henrique Pamplona Rodrigues
Camila Santos Costa
Camyla Galeão de Azevedo
Daniel Isaac Bentes
Evelin Liége Gonçalves Campelo
Felipe Matheus Ribeiro Jucá Soares
Fernanda de Souza Losina
Fernanda Hanemann Coimbra
Fernanda Rodrigues Magalhães
Flávia Carmo Viana
Flávio Rodrigues Viegas
Gabriela Teixeira de Oliveira
Geraldo Magela Pinto de Souza Júnior
Giovanna Hage Karam Giordano
Helen Lopes Noronha (esta não foi aluna, mas colega de docência)
Isabelle de Assunção Rodrigues
Isadora Mourão Gomes
Jaime Fernando de Mattos Júnior
Jessé Luiz Furtado Monteiro
João Victor Nogueira de Araújo
Julyana Abdoral de Queiroz Santos
Larissa Amaral Esteves
Leonardo Braga Maia de Sousa
Leonardo Gomes de Souza Coelho
Letícia dos Santos Couto Landin
Letícia Ventura Baptista
Lívia Leitão Leal
Lívia Pantoja dos Santos
Lívia Ribeiro da Fonseca
Luan Cunha do Vale
Lucas Tembra Lima
Luiza Ribeiro da Fonseca
Maria José Guerra Ferreira
Matheus Calandrini Silva Graim
Melina de Castro Bentes
Natália Miranda de Sousa
Paula Giullia de Carvalho Costa
Paula Jordana Maia da Silva
Roberta Karolinny Rodrigues Álvares
Roberta Mayara Santos de Souza
Samira Viana Silva
Suzanne Teixeira Odane Rodrigues
Thainá Veiga Margalho
Thaís Anselmo Guimarães
Voltaire Hesketh Lopes
Yasmin Pípolos Pereira de Barros
Yasmin Sales Silva Cardoso

Recebam o meu abraço caloroso por cumprirem mais uma etapa do ritual de passagem para a vida adulta, para a vida profissional, que vocês vêm cultivando ao longo dos anos.

Para mim é uma imensa felicidade ver como crescem e se realizam. Quero ter a oportunidade de ver as belas coisas que ainda farão. Ao futuro, meus queridos.

sábado, 3 de junho de 2017

"Eu amo tudo o que foi"

Entrei na sala e os vi pela primeira vez. Minha atitude ensaiada: entro calado, ponho meus pertences sobre a mesa e os encaro em silêncio, apreciando suas reações ante minha chegada. Logo no primeiro momento, já começo a observar suas linguagens corporais. O silêncio vai-se instalando. Sei que já ouviram falar de mim. Deixo que eles se perguntem se aquele hobbit pode ser mesmo tão malvado quanto disseram. Então eu falo. E os convido a começar do zero.

Era agosto de 2015. Tempos sombrios, com meu mundinho em queda livre. Eles foram minha bengala, sem sequer imaginar isso. Quando podia ficar em casa de luto, preferi ficar com eles. Entrei como se fosse um dia qualquer. Tenho duas folhas de papel cheias de mensagens que provam, no entanto, que aquele dia não teve nada de qualquer.

Seguimos. Foram quase três centenas de aulas, além de trabalhos (alguns maravilhosos!), leituras que insistiam em ignorar e elas, claro: as provas. Nossa relação não seria completa sem as provas. Nunca dá certo para todos, então houve choro, protestos, revolta. Houve quem desistiu e nem me olhou mais. Houve quem fugiu e voltou. E houve quem soube aprender com os reveses, amadurecendo. Este, por sinal, é um dos aspectos favoritos do meu trabalho: quando os conheço, são tão crianças e ao longo do tempo vão-se transformando. É tão bonito acompanhar isso.

Também há os que chegam depois. Há até os que chegam no último trecho da viagem e se tornam tão queridos quanto os mais antigos. Tem de tudo em meio às gerações de alunos que se sucedem, compondo nada menos do que a história da minha vida.

Daí eu pisco os olhos e dois anos se passaram. Junho de 2017, hora de dizer adeus. Ou até logo. Também existe um ritual de saída: a foto no dia da prova de segunda avaliação, o dia de maior frequência que existe. Desta vez, 100% de comparecimento nas duas turmas. Um simples gesto de mão grava um momento que ficará comigo daqui por diante. Os anos continuarão correndo, mas seus sorrisos estarão ao meu alcance. Lembrar, para sempre, o que foi doce e bom.


Foram tantas tardes agradáveis com meus compenetrados que foram se soltando. Aqui não existe mais em tese: vocês foram concretamente maravilhosos.


E os meus tagarelas de primeira hora, que me fizeram rir e ficar leve inúmeras vezes. Será que verei um monitor sair daqui? Ou um casamento? Será que vão parar de fazer bullying com o Alfredo? Eu profetizo.

Você que lê este texto não compreenderá tudo o que escrevi. Isso porque há coisas que só podem ser alcançadas por quem viveu a aventura. E me desculpe, mas esta aventura é minha. E por ela agradeço de modo muito caloroso a cada figuraça que aparece nas fotos, com as palavras de Fernando Pessoa:

Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi e voou
E hoje é já outro dia.