Ao tomar conhecimento, hoje, de que o governo federal autorizou o sexto aumento no preço dos combustíveis de 2021 (isto significa 67 dias), um acumulado superior a 50%, não consegui reprimir uma ironia amarga: guardadas as devidas proporções, vale mais a pena ter um avião do que um automóvel.
Procurei aqui pelo Google e encontrei umas matérias de 2018, informando que o querosene de aviação havia atingido o maior preço histórico no Brasil: em média R$ 3,30, com impostos. Parece que o preço, em fevereiro último, era de US$ 1,60, que importaria hoje em R$ 9,40, no câmbio de 1 dólar igual a 5,88 reais.
Some-se a isso que dá para conseguir uma ajudinha do BNDES para adquirir a aeronave e que não existe imposto sobre a propriedade desse tipo de bem de altíssimo valor, então quem tem bala na agulha para comprar um avião gasta menos com ele do que um mero mortal com o seu carrinho. Sim, eu sei que há muitas variáveis a ponderar. Esta postagem tem viés de crítica, não de estudo econômico. Economistas e puristas, deem um tempo. Só estou lamentando os absurdos da vida.
O maravilhoso Embraer Praetor 600. Quero. |
É que sou apaixonado por aviação e, ainda por cima, para aguentar a vida no Brasil de hoje, só mesmo fazendo um esforço de mandar o pensamento para as alturas. Aterrissar é que tem sido exaustivo.
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