sábado, 8 de maio de 2021

Leitura profunda, empatia e humanidade

Vi este vídeo agorinha (clique na imagem para assistir) e gostei tanto que senti necessidade de compartilhá-lo. Afinal, não apenas sou um sujeito que ama ler desde a infância, mas que entende absolutamente necessário defender certas práticas que hoje estão atropeladas pela sociedade do desempenho (Byung-Chul Han) e acabam por nos comprometer, enquanto pessoas, enquanto sociedade, enquanto espécie.


Não se trata de menosprezar, e muito menos demonizar, as tecnologias de comunicação que aceleraram o mundo mais do que podemos suportar. Cuida-se, isto sim, de mostrar que ser um incluído digital não é incompatível com a leitura; que ser ativo e proativo não é incompatível com momentos de desaceleração e recolhimento. Aliás, cuida-se, sobretudo, de recordar que um pouco de tédio, um pouco de ócio e um pouco de fantasia sempre foram ingredientes importantes para o nosso desenvolvimento pleno como pessoas.

Algumas pessoas estão impedidas, por circunstâncias da vida, de usufruir do tédio, do ócio e da fantasia. Mas se você é um dos privilegiados que pode se permitir isso, não abdique dessas dádivas, ainda mais por conta própria. A vida é mais do que as urgências que ninguém disse serem obrigatórias, mas que assumimos como tal mesmo assim.

Leia. Os bons e velhos livros de papel. Com capa, projeto gráfico, textura, cheiro, lombada, volume, barulhinho de página sendo virada. E cuide-se. Estamos todos precisando.


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