Iniciei minhas atividades docentes em setembro de 1999 e, em fevereiro de 2000, tornei-me o primeiro professor de Direito Penal do então novíssimo curso de Direito do CESUPA. Eram tempos muito diferentes. Nossa instituição era bem menor do que hoje, com menos cursos, muito menos professores, menos alunos. Era portanto mais fácil as pessoas se verem, conhecerem e interagirem.
Quando cheguei, a Profa. Maria Lúcia Santos já estava lá, na condição de diretora da Área de Ciências Sociais Aplicadas. Em nossa organização hierárquica, eu respondia de imediato à coordenação do meu curso e em seguida a ela. Eram tempos de encontros no corredor ou na sala dos professores, de visitas à sala dos gestores da área, de sentar na cadeira e bater papo, de rir juntos.
Construímos nossos laços. Ela e sua irmã Ângela, também nossa colega, participaram efetivamente de minha vida acadêmica, estiveram em meu casamento, acompanharam a gestação de minha esposa, também professora na mesma instituição. Tornaram-se parte de nossas vidas, portanto.
Ontem à noite, após lutar contra as mazelas do corpo, a Profa. Lúcia nos pediu licença e foi caminhar em outros planos, de onde espero que continue a se interessar por nossas vidas e a nos inspirar.
Sinto falta dela. Há três anos, o curso de Direito se mudou de endereço e isso acabou com os encontros de corredor. Lembro de tê-la visto pela última vez na confraternização natalina passada. Gostaria que tivesse havido outras oportunidades. Seja como for, ninguém importante se vai completamente, o que é um reconforto.
Vá com Deus, Profa. Lúcia. Outra hora nos veremos para, quem sabe, compartilhar um outro cafezinho.
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