terça-feira, 4 de setembro de 2012

Os donos da 9 de Janeiro

Os trabalhadores da construção civil, conhecidos pela ferocidade de suas ações, estão novamente em campanha salarial. A concentração começou cedo em frente à sede do sindicato da categoria, na Rua 9 de Janeiro, em São Brás, que já se encontra interditada. Somando-se a obstrução às caminhadas para interromper os trabalhos em canteiros de obras, a cidade a esta altura já se transformou num pandemônio.
Uma única classe de trabalhadores e o inferno instaurado para toda a cidade. O engraçado é que a polícia está lá, mas apenas para ajudar a interditar a rua. Ou seja, conforme-se. Hoje o dia não será nada fácil.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sempre assim, né Yúdice. Cada um sempre pensando só em "si", e quase ninguém pensando em "nós". O "eu" predomina na sociedade de hoje. Por isso está se tornando um caos viver nos grandes centros. Eu, você e tantos outros que precisavam passar por aquela via hoje são tal qual um cachorro sarnento, sem direito algum; o que importa naquela situação são "eles". Tudo sob a proteção de um pretenso direito de greve tomado por absoluto, e a polícia que é sustentada por toda a sociedade padece de falta de autoridade moral para reprimir os excessos e garantir o direito de ir e vir de todos. Ficou assim porque as liberdades foram extremadas, sem que o Estado colocasse um limite, ou melhor, garantisse o limite que há para esse tipo de manifestação.
Sem querer me alongar, e já me alongando, não compreendo esse sindicato dos trabalhadores da contrução civil. Rogam o inferno aos patrões, reclamam de que seus patrões são ricos e eles não, que se houvese alguma lógica nisso no capitalismo. Se esquecem de quem é que dá emprego a eles e lhes paga o salário (bem ou mal), que não é dos piores, muitas vezes melhor até que muito professor ou médico do PSM. São estúpidos que não sabem negociar. É a prova de que quando a inteligência falta, o que prevalece é a força.


Fred