domingo, 31 de agosto de 2008

Efeito colateral

Uma menina de 1 ano e 7 meses começou a apresentar hemorragias súbitas e intensas. Os médicos diagnosticaram uma doença cujo nome a minha fonte não soube dizer, que se caracteriza por uma perda acentuada das plaquetas. Em consequência, a criança precisa tomar sangue o tempo todo — ao mesmo tempo em que os médicos começam a dizer que é melhor não ter muitas esperanças quanto a sua recuperação.
Os bancos de sangue de todo o país lutam com o desinteresse da população em fazer doações. Aquela história do povo generoso revela aqui a sua face... Ocorre que, neste caso, o problema se acentua por um motivo incomum: umas tantas pessoas, graças ao esforço da família em pedir ajuda, ofereceram-se para doar sangue, mas não puderam. Motivo: tomaram vacina contra rubéola há menos de 30 dias.
Não creio que o governo pense nesse efeito colateral, na hora de definir uma campanha de vacinação como a recentemente realizada. Campanha necessária, claro. Contudo, gera uma consequência como essa, que pode custar vidas.
Penso que essas iniciativas deveriam ser mais frequentes, pois isso reduziria o número de pessoas se vacinando em cada edição, liberando as demais para as doações de rotina. Mas se tivermos uma campanha a cada dez anos, é óbvio que o conjunto da população se vacinará de uma só vez.
Neste momento, não disponho de maiores dados sobre a paciente, sobretudo o seu nome. Tentarei conseguir isso ainda esta manhã. Sei que ela precisa de sangue A positivo, mas o HEMOPA aceita doações de qualquer espécie, desde que feitas no nome da criança. Todavia, vale lembrar que esse procedimento é meramente administrativo e não muda o fato de que, no corpo do paciente, as trocas sanguíneas são mais restritas. Logo, é importante conseguir sangue A positivo mesmo.
Boa sorte para a pequena e sua família.

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