Dançarinos sapateando no palco: os americano pira |
Classificado como drama e comédia romântica, o filme trata, muito em síntese, do declínio do ator de filmes mudos George Valentin (Jean Dujardin, que perdeu só um dos prêmios de melhor ator a que foi indicado), que se recusa a aderir ao novo cinema falado, por considerá-lo, arrogantemente, apenas um modismo para artistas sem talento. Paralelamente, e de forma quase acidental, Valentin ajuda uma aspirante a celebridade, Peppy Miller (Bérénice Bejo), a ganhar espaço na difícil indústria cinematográfica e ela se torna a queridinha do país. Assim, vemos a progressiva ruína do veterano e a ascensão de uma nova estrela, que só pensa em ajudar o seu "mentor".
Com um roteiro bobo e um final previsível, o que torna O artista especial é a sua realização. Quem se concentrar na estória, nada verá de especial, podendo até mesmo considerá-lo banal. Mas é a observação atenta da concepção, dos figurinos, das interpretações, da música, etc., em seu conjunto, que torna a obra verdadeiramente espetacular, aplicando aqui a palavra "espetáculo" em seu sentido lato. E é de espetáculo que o mundo do entretenimento gosta. Por conseguinte, vale muito a pena ver esse filme 99% mudo.
Não poderia deixar de mencionar que, como eu já imaginava, quem rouba a cena é o cachorro. Adorável sempre que aparece, provoca reações imediatas e espontâneas na plateia, seja quando imita o dono, seja quando se joga ao chão por ter escutado ruído de tiro, além, é claro, de pular no colo do dono quando este bate no próprio peito.
O cachorrinho Uggie compareceu a todas as cerimônias de premiação e, segundo li, foi "aposentado" depois do Oscar, para ser poupado do estresse desse mundo de afetação.
O cachorrinho Uggie compareceu a todas as cerimônias de premiação e, segundo li, foi "aposentado" depois do Oscar, para ser poupado do estresse desse mundo de afetação.
PS. Uggie é um cãozinho da raça Jack Russel Terrier, de origem inglesa, resultante do cruzamento entre beagles e raças desconhecidas. Forte e inteligente, parece ser dado a trabalhar na frente das câmeras, sendo volta e meia utilizado em filmes e séries de TV, como em O Maskara (quem não se lembra do Milo?).
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