Meu afilhado de 16 anos apareceu em casa ontem à tarde e, como de praxe, ele e Júlia se pegaram em brigas e provocações. Ele ficou no quarto, no andar superior, e ela foi brincar na sala. Mas pouco a pouco ia se aproximando da escada, até finalmente subir. Uma coisa remoía nela. Perguntou ao Mateus se ele já almoçara e obteve uma resposta negativa. Ela foi então até a tia Jose (mãe do Mateus) e disse:
— Tia Jose, dê comida para o seu filho.
— Ah, então vocês já fizeram as pazes?
Júlia parou e pensou um instante na pergunta. E por fim sentenciou:
— Não. Mas ele está com fome e ninguém merece sentir fome!
E tudo isso foi dito pela pequena com o topete que me faz chamá-la carinhosamente de pequena feitora de escravos. São as más inclinações a coibir. Mas, pelo menos, o senso humanitário já está dando o ar de sua graça!
Um comentário:
Yúdice, eu amo as histórias da Júlia!!!!
Espero, um dia, daqui a alguns anos, vê-las em um livro...
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