quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Um sonho que jamais será realizado


Piano = português/ inglês, francês, espanhol = piano /italiano = piano ou pianoforte/alemão = Klavier. 

O piano é um instrumento de cordas percutidas por pequenos martelos cobertos com feltro acionados por um teclado, a parte mais visível do instrumento. O instrumento evoluiu durante muitos anos, a partir do clavicórdio, e uma das datas importantes é 1702, com a invenção na Itália, por Bartolomeu Cristofori, do "clavicembalo con il piano e il forte", que foi chamado algum tempo de 'fortepiano', depois de pianoforte e simplificado para piano. 

O piano pode ser encontrado com as cordas dispostas de duas formas básicas: horizontal ou vertical. Com as cordas horizontais temos um piano "de cauda", mais encontrado em salas de concerto; com as cordas verticais encontramos o piano "de armário", mais prático para as residências. O número de notas é o mesmo, mas a sonoridade do "piano de cauda" é mais consistente e potente. Os pianos de cauda variam de tamanho, podendo ser encontrados de "cauda inteira" (tendo entre 2,10 - 2,80 m. de comprimento), de 3/4 (três quartos de cauda), meia-cauda (entre 1,40 e 1,50 m.) e até 1/4 (um quarto) de cauda. 

São geralmente afinados com a nota Lá3 tendo 440 Hz. (vibrações por segundo) e a partir desta são afinadas as outras notas de forma temperada (entre uma oitava e outra divisão de 12 notas com diferença de altura de som de 1/2 tom entre cada uma delas). Possui pelo menos 2 pedais que podem prolongar a duração dos sons ou abafá-los. 

Pelas possibilidades técnicas e força dinâmica do instrumento, sua difusão foi rápida e o repertório para ele escrito também. O instrumento possibilitou também o aparecimento mais vigoroso do artista individual, o solista. Todos os grandes compositores ocidentais dedicaram obras que firmaram o instrumento no campo musical. Haydn (1732-1809) e Mozart (1756-91) viveram numa época de transição entre o antigo clavicordio e o piano mas tem obras importantes executadas no instrumento. Múzio Clementi ( (1752-1832) ajudou na fixação do tipo de obra apropriada ao instrumento assim como Karl Czérny (1791-1857). Beethoven (1770-1827) elevou seu uso quase ao máximo, tornando-o "orquestral". 

Seguem-se Schubert, Mendelsohn, Schuman e o que chegou a perfeição entre obra, recursos e instrumentista, Frédéric Chopin (1810-49). Contemporâneo a ele e consagrado como o maior pianista de todos os tempos temos Franz Liszt (1811-86). Outros nomes destacados são Brahms, Grieg, Albeniz, Ravel, Debussy, Scriabin, Prokofief e Rachmaninof e Bela Bartok. 

No século XX o instrumento tornou-se mais acessível e músicos populares se destacaram compondo e executando, principalmente nos Estados Unidos, com destaque para Scott Joplin (autor de 'ragtimes'), George Gershwin, e artistas de jazz como Oscar Peterson, Duke Ellington, Bill Evans e Chick Korea. No Brasil destacam-se na música erudita Alexandre Levy, Henrique Osvald, Villa-Lobos e Souza Lima ; na música popular Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazaré, Cesar Camargo Mariano e Wagner Tiso.

Fonte: http://www.music.art.br/almanac/alminstr/piano.htm

Sempre tive a impressão de que eu seria uma pessoa diferente se soubesse música. Obviamente, não sei em quê, mas deve haver alguma diferença quando se alcança algo que sempre pareceu importante. Dentre as inúmeras opções, e embora eu prefira o violino, o piano tem um encanto especial. Certa vez, disseram-me que é por ser um instrumento mais completo, mais versátil do que os outros. Imagino que seja, mas independentemente de qualquer coisa, há um charme único em se sentar em frente ao elegantíssimo engenho e arrancar dele notas vivas.

Como sempre me inclino ao que há de mais caro, não me impressiono com os pianos de armário. Gosto mesmo dos de cauda (e não calda, pelo amor de Deus!). Tempo desses até dei uma de engraçadinho e pedi preços a uma empresa. Posso lhes dizer que os preços começavam na casa dos 60 mil reais. Sem dúvida vale, mas enfim...

Antes que os amigos, gentis como sempre, venham me dizer que sempre é tempo, que quando queremos muito uma coisa podemos tê-la, etc., sei que ainda posso aprender piano, muito embora eu não tenha conseguido dedilhar sequer o violão que comprei há tantos anos. Posso aprender, mas não tenho hoje condições de me dedicar a esse estudo. E se o fizesse, ainda assim o tal sonho a que alude o título da postagem não seria realizado, pela singela razão de que o tempo não pode voltar atrás.

Gostaria, ao menos, que os concertos voltassem a esta cidade. Já seria um alento poder assistir a eles.

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