Há pouco tempo, vi pelo Facebook algumas pessoas reclamando do Shopping Boulevard, que aumentou o preço do estacionamento, de 4 para 4,50 reais, ao mesmo tempo em que reduziu o tempo de permanência de 4 para 3 horas. Como manda o capitalismo, o dono do espaço mandou aumentar porque estava a fim e pronto, sem qualquer esclarecimento ao público porque, afinal de contas, empresários não devem satisfações aos seus clientes. Ninguém é obrigado a ir lá, então se foi, engula as condições. Não é assim?
Trata-se do shopping mais bem afamado da cidade, central, então as pessoas não deixarão de frequentá-lo. Não haverá a menor retração de procura. A única mudança, portanto, será o aumento da arrecadação. Talvez os proprietários queiram se ressarcir dos investimentos feitos com a expansão do empreendimento. Capitalismo é isso: o objetivo é que, aconteça o que acontecer, alguém pagará a conta para mim.
Mas o Boulevard não é o único local, em Belém, onde o cara do guichê de estacionamento anda puxando arma e anunciando assalto. Ontem, fui a um baile de formatura no Hangar, onde desde sempre o estacionamento cobra uma taxa única, até recentemente de 5 reais. Ontem, cobraram-me 10. Um reajuste de 100% sem qualquer justificativa conhecida. Talvez seja o repasse de aumento de salários, mas o acumulado do período não chegou a 100%. Além disso, não houve qualquer melhoramento no local e nem no serviço. Você continua procurando sozinho uma vaga (há funcionários direcionando os carros só na via principal) e pegando sol ou chuva, se for o caso.
De quebra, os cretinos colocaram correntes, cones e faixas limitando o acesso a um único ponto, restringindo a mobilidade de todos. Para quê?
O Hangar é um espaço público, administrado por uma organização social, e por isso mesmo deve satisfações à sociedade sobre os seus atos. Mas é claro que ninguém dará satisfação alguma e tudo ficará por isso mesmo. Afinal, somos brasileiros e, pior ainda, somos paraenses. Que mal há se todo mundo avança com cada vez maior voracidade sobre o nosso bolso, onde quer que estejamos?
Sabe aquela velha piadinha do cara que teve a carteira roubada e não fez nada porque o ladrão estava gastando menos do que a mulher dele, no cartão de crédito? Pois é. Dia chegará em que, para tudo o mais, o ladrão acabará sendo o menor dos prejuízos. Deus não permita.
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