Mais uma para a nossa enorme coleção de pérolas da imprensa. No Diário do Pará de hoje:
Chama-se paradoxo à redação, num mesmo período, de termos de sentidos contrários. Em alguns casos, como no oxímoro, estamos diante de um recurso retórico clássico, capaz de criar imagens mentais poéticas e muito belas (tais como "minha alegria é triste", de "As canções que você fez para mim", Roberto Carlos). Mas, na matéria acima, houve apenas a desatenção do jornalista, criando uma condição dual para a adolescente, que está encontrada e perdida ao mesmo tempo.
Não adianta alegar que a menina estava perdida até ser encontrada. O verbo "é" não ajuda esse escapismo. A redação está ruim, mesmo, e podia ser facilmente evitada. P. ex.: "Menina perdida de 14 anos aparece no Aurá".
Aqui a notícia.
Agradecimento a Yasser Gabriel pela dica.
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