domingo, 27 de abril de 2008

Redefinindo a paternidade

O excesso de violência no mundo, e particularmente no Brasil, vai calejando nosso espírito, de modo que deixamos de nos impressionar à altura da gravidade de certos fatos. Alguns, contudo, são tão aberrantes, tão anormais, tão antinaturais, tão inacreditáveis que conseguem ultrapassar a barreira de segurança (ou de indiferença) que criamos ao nosso redor.
Hoje, larguei a caneta com que trabalhava e cravei os olhos na TV, para acompanhar a história do austríaco que manteve a própria filha em cárcere privado, no porão de sua casa, por nada menos do que 24 anos. E o fez porque queria tê-la à disposição, para estuprá-la sempre que quisesse.
Ao longo dos anos, a desventurada Elisabeth teve nada menos do que sete filhos incestuosos, um dos quais morto, que teve o cadáver queimado pelo pai-avô. Tão certo estava o sujeito do que pretendia, que construía novos quartos naquele mundo subterrâneo, à medida que a família crescia.
Para mim, é o bastante. Não há o que dizer. O agressor está preso. O sistema legal austríaco certamente funciona muito bem, mas decerto que, aos 73 anos, não há uma pena condizente para a enormidade dos crimes desse senhor.
Saiba mais aqui e aqui.

2 comentários:

Anônimo disse...

Cara, as vezes eu fico pensando até onde vai a canalhice do ser humano , quando imagino já ter visto tudo, aparece um verme como esse e me surpreende.

Yúdice Andrade disse...

A humanidade sempre consegue dar um jeito de surpreender. Infelizmente, o mais das vezes é pelo mal que causa. É como dizia Edgar Allan Poe, em seu "O poço e o pêndulo": a criatividade do homem para o mal é inesgotável.