Roxin em evento recente, no Rio de Janeiro |
Da noite para o dia, dois argumentos relevantes para a defesa de José Dirceu, condenado como "chefe da quadrilha", ganharam ampla repercussão: a impossibilidade de se atribuir autoria delitiva sem prova concreta de uma ação realizada ou determinada pelo réu e a rejeição à ideia de um juiz se vergar sob o peso da opinião pública, na hora de decidir.
Agora, a imprensa noticia que a defesa de Dirceu já tenta contratar Roxin, provavelmente para elaborar um parecer que subsidie algum recurso. Num primeiro momento, foi dito que o assédio teria sido confirmado pelo próprio professor, mas em nota essa hipótese foi expressamente desmentida. O boato adveio do fato de que se trata de uma opinião de grande peso, já que todo estudante de penal — e todo ministro do STF — se louva nas ideias de Roxin para argumentar (mesmo sem conhecer a autoria).
Resta saber se a suprema corte brasileira, que sempre soube reconhecer a autoridade de Roxin na teoria, terá a mesma condescendência com ele, em se tratando de um caso prático, real e que não pode ser flexibilizado de forma alguma, porque a d. Mídia não permite.
Mais uma trama interessante para aguardar os próximos capítulos.
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