No dia 13 de janeiro de 2005, uma quinta-feira, por esta hora, eu estava numa situação curiosa. Tinha um dos maiores compromissos de minha vida prestes a acontecer, mas não tinha absolutamente nada a fazer até lá, exceto esperar. E esperar diante de algo importante é no mínimo desconfortável. Some-se a isso o calor exaustivo e incontrolável que vínhamos enfrentando desde a véspera.
À noite, elegantemente trajado, puseram-me diante da principal igreja de Santarém, para aguardar a hora da minha entrada. Eu havia sido muito claro quanto a atrasos, mas algo de realmente estranho aconteceu naquela ocasião. Houve um atraso gigantesco, motivado, segundo consta, por falta de energia na cidade. Por isso as horas iam se passando e nada acontecia mas eu, por mais estranho que seja, simplesmente não me dei conta de quanto tempo se passou. Talvez porque a sensação de corpo derretendo por baixo da roupa não me permitisse.
Eis que, enfim, permitiram a minha entrada. E logo depois veio a noiva, ao som da marcha nupcial interpretada ao vivo, na íntegra, um privilégio decorrente do fato de a família dispor de uma orquestra inteira para a execução.
É difícil de acreditar, mas oito anos se passaram. E, naturalmente, muita coisa mudou de lá para cá, da minha aparência à alma. A mais importante de todas essas mudanças caminha por aqui, hoje em dia, com seus cabelos cacheados, tagarelando sem parar.
Preciso agradecer publicamente a paciência de Polyana em me aturar por tanto tempo. Sem dúvida, trata-se de um enorme feito e não dito isto para causar uma impressão óbvia em ninguém. Só ela que sabe. Mas a graça e a beleza de um casamento no mundo real é, justamente, não viver contos de fadas, mas persistir a cada dia, em meio a todas as dificuldades, as que independem de nós e as que nós mesmos criamos. Quando um mundo de opções se abrem, em tese, a nossa frente e nós queremos, simplesmente, seguir em frente.
Aprendi que devemos apostar na simplicidade. Em tudo, o que inclui o amor. Então temos aqui a nossa casa, a nossa filha, os nossos sonhos, as nossas mazelas, as nossas lutas e todo um futuro pela frente, que sempre foi acompanhado e apoiado pelos amigos, para os quais transmito esta relevante constatação: continua valendo a pena!
4 comentários:
Acho que não é à toa que o nome dela é Poliana. kkkkkkkkkkk
Abraços!
Sâmia Silva
Sei que é obvio, mas sempre é bom lembrar... Amo vocês! de um enormidade tão grande que chega a me assustar... Torço para que tudo dê certo e, no que puder ajudar, contem comigo!
Yúdice, meu querido amigo,
Que linda declaração de amor fizeste à Polyana!!!
Parabéns a vocês e afirmo, confirmo e finalizo dizendo que quando há amor, não há mazelas que o sufoquem.
Palavras de quem em março fará 32 anos de casada e feliz!!!!
Felicidades ao casal!!!
Nossos agradecimentos pelo carinho.
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