Em que pese a bancada ruralista no Congresso Nacional afirmar que não existe trabalho escravo no Brasil, o Ministério do Trabalho e Emprego continua alucinando e emitindo relatórios sobre fantasias e enganos. Concluídos os dados relativos ao ano de 2012, a informação é de que 2.560 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão. Sem surpresas, mais uma vez o Pará liderou o ranking, com mais de 500 resgatados. Ou seja, são 27 unidades federativas, mas apenas uma delas responde por quase um quinto do total.
Observando o quadro relativo às missões de resgate desde 1995 (na matéria indicada abaixo, há um link para esse quadro), constata-se que os números de operações e de resgates quase sempre aumentam, sendo raras as situações em contrário. Veja-se que, de 2011 para 2012, as operações caíram de 171 para 135, mas mesmo assim os resgates aumentaram de 2.491 para 2.560. Os anos de 2003, 2007 e 2008 foram os piores, com mais de 5 mil resgatados em cada. Aliás, 2007 só não atingiu 6.000 por uma cabeça.
No acumulado do período, já são 44.231 seres humanos escravizados. Isso porque as dificuldades de toda ordem impedem ações mais enérgicas das autoridades. Logo, estamos contabilizando apenas uma parte do problema.
Quem está fantasiando agora?
Fonte: http://portal.mte.gov.br/imprensa/mte-retirou-no-ano-passado-2560-pessoas-do-trabalho-analogo-ao-de-escravo/palavrachave/trabalho-escravo-grupo-movel.htm
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