quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Nepotismo e a velha técnica

E o prefeito Zenaldo Coutinho já chega mostrando serviço: nomeou o irmão Augusto César Neves Coutinho para a importante Secretaria Municipal de Administração, dando-lhe naturalmente o controle de uma unidade orçamentária muito bem dotada.

Não bastasse isso, a Fundação Cultural do Município de Belém será gerida por Heliana da Silva Jatene, parente do governador, apoiador-mor da candidatura do prefeito.

Parabéns, Zenaldo. Você começou bem.

Mas para que não digam que só faço críticas, deixo registrado o meu elogio à nomeação de Maria Cristina César de Oliveira para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Minha queridíssima professora de Direito Administrativo, responsável por eu ter-me apaixonado pelo Direito Ambiental, foi também orientadora da minha monografia de conclusão de curso. Professora de carreira da Universidade Federal do Pará, com doutorado inclusive, vem emprestar o seu enorme preparo e competência à gestão municipal, numa área em que tem domínio.

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E para confirmar que é um perfeito tucano, Zenaldo também anunciou que reduzirá em 30% o número de cargos comissionados do Executivo municipal. Almir Gabriel e Simão Jatene também fizeram isso. Um ano depois, havia mais assessores especiais do que antes de tomarem posse.

O problema não é o número de cargos comissionados, mas onde essas pessoas estão lotadas, as razões pelas quais foram nomeadas, seus sobrenomes e ligações partidárias e, acima de tudo, se trabalham de fato, se trabalham bem. Mas estas questões são sempre jogadas para baixo do tapete porque, afinal de contas, o que interessa para o governante do momento é passar a imagem de probidade e eficiência, apostando no velho apotegma de que a primeira impressão é a que fica.

Mais do mesmo.

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