1h20 da madrugada do domingo e dou um basta: vou-me recolher. Saio à sacada e olho a rua, quase totalmente vazia, exceto pelo vigilante adormecido. Quase totalmente silenciosa, exceto por uma TV absurda em alguma casa da vizinhança. Fico um tempo olhando, grato por dispor da possibilidade de ver o mundo numa hora dessas, sem medo de ser assaltado. Lá dentro, minhas meninas dormem.
O domingo, claro, será muito puxado. Já até me esqueci do último dia em que tive sossego. Esta será uma semana atípica, exigente e dramática. Uma frase fica rondando a minha cabeça, uma que repeti tantas vezes para diversas pessoas e agora digo para mim mesmo: a esperança é a última que morre; mas morre.
Mas ainda posso encostar a cabeça no travesseiro, sentir-me em paz e descansar. De manhã, começamos de novo. De certa forma, isso já é muito.
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