sexta-feira, 13 de março de 2009

10 anos sem ela

Você sabe quem é a garbosa jovem que aparece nesta imagem?

Numa versão mais madura. Ajuda a identificar?

E se eu lhe disser o nome completo? A mulher que vemos nas fotografias se chamava Balduína de Oliveira Sayão. Decerto que raras pessoas saberão quem foi dona Balduína. Ela começará a ser reconhecida se eu a chamar pelo apelido: Bidu. Nada a ver com o cachorro do Franjinha, da turma da Mônica, que àquela altura nem sequer existia.
Bidu Sayão foi cantora, um dos maiores nomes da música brasileira, mas provavelmente nem com esta afirmação a maior parte do público saberá de quem se trata, pela razão de que não foi uma cantora popular, e sim lírica, uma soprano maravilhosa que os amantes da boa música jamais esquecerão. E de música erudita a maioria dos brasileiros não gosta, mesmo sem jamais ter escutado ou, mais exatamente, prestado atenção.
Bidu Sayão nasceu no Município fluminense de Itaguaí em 11.5.1902. Estudou canto lírico no Brasil, Romênia e França, estreando nos palcos no ano de 1926, em Roma, no papel de Rosina, da celebérrima ópera O barbeiro de Sevilha, de Rossini. A partir de 1937 passou a integrar o elenco principal do Metropolitan Opera House de Nova York. Franklin Delano Roosevelt, presidente dos Estados Unidos no ano de 1938, encantou-se com uma apresentação da soprano na Casa Branca e lhe ofereceu a cidadania americana. Ela, contudo, recusou, por amor ao Brasil. Mas em contrariedade aos seus planos, morreu em terras estadunidenses, de pneumonia, em 1999  em 13 de março, há exatos 10 anos.
Em casa, tenho um CD com Bidu Sayão cantanto Villa-Lobos. É a pedida musical do dia.

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