sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Chicotadas

Tem gente que não pode ficar sozinha nem por um segundo que já faz merda. Esse parece ser o caso do suplente de senador, ora no exercício do cargo, Reditário Cassol (PP-RO), que aproveitou a chuvinha que está passando no Senado para apresentar um projeto de lei (PLS 542/11) que pretende suprimir ou restringir benefícios de execução penal.
Se a proposição em si já é idiota, imagine a fundamentação. Segundo o indigitado, "não se pode premiar as famílias dos criminosos" (relôu, debiloide: elas não cometeram crime algum) e "deixar as famílias das vítimas sem proteção financeira". Nesta parte final ele melhora, mas a solução não é restringindo direitos executivos, e sim cobrando do Estado que cumpra as suas próprias diretrizes de assistência social.
No pronunciamento que fez no plenário, ontem, em meio a um monte de lugares comuns e termos contundentes ("vagabundo sem-vergonha", "pilantra"), o alucinado propôs que os presos fossem chicoteados caso se recusassem a trabalhar. Uma verdadeira catarse para os loucos de todo gênero que assistem a certos programas de TV e acessam um blog como este para deixar seus protestos de uma inacreditável mediocridade. Eles vão aparecer na caixinha de comentários desta postagem. Pode crer.
Se o tal de Ivo Cassol, titular do mandato, já não acrescenta muito à nação, o pai piorou a coisa. Esse negócio de titular e suplente serem da mesma filha nunca deu coisa boa.
Eis aqui o link para o projeto de lei de Reditário, que de bom só tem a rima do nome. Dei uma olhada superficial, mas perdi as forças para ler logo no começo. Não vale a pena.

 
Mais:

3 comentários:

Anônimo disse...

Acho que o filho dele vai acabar levando umas boas chibatadas, vez que seu "histórico" é o de um menino muito levado.

Bom círio a todos vocês.

Kenneth Fleming

Yúdice Andrade disse...

E não é, Kenneth? Mas nós não podemos dizer que ele está legislando contra interesses corporativos porque, no final das contas, o filho dele jamais chegará a um regime fechado. Aliás, nem aberto nem nada do gênero.

autor disse...

Estou cada vez mais convencido de que o Brasil é uma grande Sucupira