a resenha me pareceu sensata e me pôs em alerta (não leia se não quiser enfrentar spoilers!).
Chegado o momento, eu e minha esposa assistimos ao piloto e a crítica de Bahiana fez sentido: o excesso de informações e personagens, a frenética sucessão de bizarrices cansa e pode levar os menos tolerantes à desistência. Mas se você insiste, pode se entreter com uma trama que, como reconhece a própria crítica, vai encontrando o seu tom.
Na esteira da crise econômica que vem encurtando orçamentos e, consequentemente, as temporadas dos programas da TV estadunidense, AHS teve apenas 12 episódios, o que me parece adequado para o tipo de proposta que desenvolveu. À exceção do nono, que considerei uma bobagem só (para que aquela besteira de Dália Negra?), os roteiristas conseguiram criar uma trama plausível. O fato de termos que lidar com vários personagens segue sendo um problema, tanto que alguns deles simplesmente somem (como se fossem fantasmas! ahahahahahahah), para aparecer num momento isolado, ainda que importante, como é o caso do médico Charles Montgomery.
Abaixo, spoilers. Se ler, não reclame.
Mas o seriado tem os seus momentos felizes. Consegue até surpreender, provocando um susto diferente, por meio da inesperada revelação de que Violet não foi salva do suicídio, como fôramos induzidos a pensar, e sim que morrera mesmo.
A construção da personagem como uma adolescente problemática e que só interagia com o pai, com a vizinha Constance (médiuns, portanto) e com os mortos construiu um enredo inteligente, que nos deixa com cara de bestas, ao percebermos o ardil.
Violet e o adolescente psicopata Tate, autor de um massacre escolar. Abaixo, a moça em sua versão cadáver. |
Exércitos a postos, os bons querem impedir que os vilões façam novas vítimas. Basta de mortes e tragédias na malsinada casa. Assim, tornam-se uma espécie de força-tarefa, que expulsa os novos moradores antes que sejam alcançados pelos trevosos. Chega até a ser divertido. O mais interessante é que, condenados à danação eterna naquele antro de sofrimento, a família Harmon e Moira ganham uma inusitada chance de alcançar a felicidade que não alcançaram em vida, com direito até a uma árvore de natal e a um bebezinho nos braços.
Constance e a criança que pode ser o Anticristo, logo após seu primeiro homicídio |
Com uma interpretação vigorosa, Lange caiu na simpatia geral quando o seriado ainda era uma novidade e venceu, como melhor atriz coadjuvante em série dramática, o Globo de Ouro e o Screen Actors Guild. Já confirmada para a segunda temporada, quem sabe quanto sucesso mais fará?
Exibido em mais de 30 países, AHS terminou sua primeira temporada com elevada audiência e uma indicação ao Globo de Ouro de melhor série dramática, que não venceu. A segunda temporada está em fase de produção.
3 comentários:
Yúdice, eu nunca assisti à série, mas depois desse seu texto, fiquei interessada, eu adoro suspense, terror, mas, engraçado, não havia me interessado...
Assistirei.
Professor, não conhecia está série (American Horror Story), mas desde logo me interessei pela temática. No momento, indico a Série Alcatraz produzida por produzida por J. J. Abrams, o mesmo de LOST.
A série apresenta as investigações em torno de misteriosas ocorrências na ilha de Alcatraz, onde estranhos mistérios acontecem à partida da volta ao presente dos prisioneiros de Alcatraz.
Assistir os primeiros episódios e recomendo. É um bom divertimento.
Talvez te divirtas, Ana. Vale conferir.
Já vimos dois episódios de "Alcatraz", Alexandre. Estamos gostando.
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