O carnaval é o maior feriado do ano, exemplo típico de como o brasileiro é doido por uma sacanagem. Veja só: feriado, mesmo, só a terça-feira gorda. Mas a segunda-feira imprensada foi englobada sem dó nem pena e, quanto à quarta-feira de cinzas, que nos dias de minha infância era dia útil a partir do meio dia, já virou pó também. Não para todos, mas para muitos.
Assim, temos três dias que se somam ao final de semana, gerando um quinquídio de ócio, excessos e bandalheira. E como se trata de um festejo móvel, que em alguns anos ocorre logo no início de fevereiro, poucos dias após o recomeço do ano letivo, popularizou a ideia nada oportunista de que o ano só começa depois do carnaval. Concordando ou não com isso, o fato é que muita gente acredita piamente. Quer apostar quanto que, na próxima semana, os engarrafamentos matinais terão aumentado significativamente?
O fato é que o carnaval está acabando. Quem queria aproveitar, espero que o tenha feito, porque a quarta-feira passa rápido e, na quinta, os patrões aguardam a todos. Inclusive aqueles que são patrões de si mesmos.
Mas o desafio maior é dos católicos. Afinal, amanhã começa a quaresma, período que exige muita reflexão, para que o fiel se prepare para a festa da ressurreição de Jesus. Todo mundo para a igreja! Ao menos uma vez, cumpra as regras da sua religião, rapá!
E vamos adiante. Carnaval e quaresma não são assuntos meus. Mas o resto do ano, de muito trabalho, é.
2 comentários:
Mas folião é sinônimo de católico. O carnaval é nada mais nada menos que o produto final de um processo de mercantilização das festas religiosas do catolicismo.
Pode ser, Fred. Mas também podemos entender a afirmação em outro contexto: os evangélicos se resguardam mais, não? Acho que sim.
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