Nos Estados Unidos — obviamente tinha que ser lá —, bachareis em Direito desempregados estão se mobilizando para processar as faculdades por onde se formaram. O motivo? Sentem-se enganados porque as instituições induzem o público a fazer curso afirmando que o mercado de trabalho está ótimo, capaz de recebê-los, mas a verdade não seria exatamente essa.
Mesmo no país das demandas judiciais histriônicas (e que ainda assim vencem), especula-se que há poucas chances de os autores vencerem os litígios. Mas teremos que aguardar para saber.
Enquanto isso, no Brasil, tem muita faculdade por aí cuja publicidade é toda centrada no conceito de empregabilidade (aliada a um conveniente baixo valor das mensalidades). Seria o caso de por as barbas de molho?
3 comentários:
em Belém temos algo em torno de 24 faculdades particulares, dentre essas apenas uma teve o selo de qualidade da ordem, já
pensou se a moda pega aqui na capital marajoara? iria ser uma salada de frutas nessas faculdades que têm nome de fruta.
Olá Yúdice,
o que vou escrever é fruto de mera conversa em mesas de café, então não tenho nenhuma fonte segura sobre o caso. A conversa começou em uma comparação entre o preço cobrado para a graduação na DireitoGV e na universidade de Harvard. Pasme, mas, naquela conversa, descobrimos, sem cálculos complexos, que a GV era apenas 40 mil reais mais barata.
Enfim, estávamos ainda no cerne da discussão da crise do capitalismo imobiliário e financiamentos sem garantias. Daí um professor meu do mestrado comentou que os EUA tavam enfrentando um problema sério com o financiamento da educação superior, principalmente com os universitários que não faziam parte da seleta Ivy League (Harvard, Yale, etc.). Isso começou a se complicar mais seriamente, pois entre os anos 2000 e 2010 (salvo engano, pois pode ter sido antes), a tuition (para resumir, mas sendo impreciso, seria "preço do curso" financiado) dobrou - em menos de 10 anos! Com isso, os alunos que não ingressassem em grandes escritórios e conseguissem promoções rapidamente não conseguiriam arcar com as prestações do financiamento da tuition que haviam conseguido.
Parece que estamos começando a ver alguns resultados disso e, pelo que você disse, o desfecho parece que não vai ser o melhor para os estudantes.
Faculdade com nome de fruta, Kayo? Não entendi.
Boas essas informações, Vítor. Permite que compreendamos melhor o motivo da raiva dos bachareis americanos.
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