Acho incrível como um jornalista pode publicar uma notícia sem perceber um defeito na redação que pode comprometer a compreensão da informação. Veja-se esta manchete do Portal Uol:
Ao ler, fiquei confuso. A estranha alusão a "candidato a prefeito morto" não fez nenhum sentido. Não faz, realmente. Não existe o cargo de "prefeito morto" (seria até bom que existisse, em certos lugares...). Mas como tenho o hábito de não ler a matéria antes de compreender, por mim mesmo, o que se pretendia dizer, pensei mais um pouco e deduzi, enfim, o que o iluminado tinha em mente.
Então pensei em como evitar a confusão. Primeiro, imaginei o recurso às vírgulas: "Pré-candidato a prefeito, morto, chamou políticos de 'violentos'." Creio seja o modo mais simples. Mas vai que alguém preciosista (ou leso) entendesse que uma pessoa já morta chamou os políticos de violentos. Então pensei em "Antes de ser morto, pré-candidato a prefeito chamou políticos de 'violentos'." Ou "Assassinado o pré-candidato a prefeito que chamou políticos de 'violentos'."
Basta um pouco de boa vontade para não confundir.
Luiz Decarli Filho (62), pré-candidato à prefeitura do Município paulista de Jandira, foi assassinado a tiros ontem. Pelo visto, ele tinha mesmo razão.
2 comentários:
se tiveres tempo identificarás uma grande quantidade destas ai nos jornais falados escritos. muitas ezes eu tenho que ler 2 ou mais vezes e olha tenho certeza que não sou burra
"Pré-candidato a prefeito que foi assassinado chamava políticos de 'violentos'."
Postar um comentário