O curta de 2013, ainda sem dinheiro. |
Sandberg não estava convicto de que poderia explorar o mote em um longa até ser procurado por James Wan. Se você não está ligando o nome à pessoa, Wan é o grande nome do cinema de terror da atualidade, com o sucesso dos filmes que dirigiu ou produziu: Invocação do mal, Anabelle e Invocação do mal 2, criando uma nova e bem-sucedida franquia que não para de gerar frutos. E bons frutos.
Sob a produção executiva de Wan, Sandberg roteirizou (em parceria com Eric Heisserer) e dirigiu o longa Lights out, no Brasil Quando as luzes se apagam, atualmente em exibição. E o resultado foi... excelente.
O longa de 2016: agora é pra valer. |
O gênero terror é extremamente propenso a favorecer porcarias de todo tipo. Poucos conseguem contar uma estória com dignidade. E o risco de sucumbir aos clichês é elevadíssimo. Por isso, é normal vermos um filme desse estilo antecipando o que vai acontecer. Quando mais acertamos, pior é o filme. E aí está um dos méritos de Quando as luzes se apagam: você supõe que acontecerá isso e aquilo, mas a trama segue um rumo diferente. Não é que ele seja ultra-original, mas o enredo é bem amarrado e bem desenvolvido.
Você acha que ela está lá? Ela está mesmo! |
Sandberg acerta a mão justamente porque não tenta revolucionar. A partir de uma ideia relativamente simples, explica tudo o que o espectador precisa saber logo no começo do filme e depois nos proporciona apenas o esforço dos protagonistas para vencer um mal imenso que não suporta a luz. A técnica do sustinho súbito não é empregada: você sabe que Diana está lá e só precisa da escuridão para fazer suas maldades. E ela vem de todos os lados, respeitando as premissas, sem deixar pontas soltas.
Quando as luzes se apagam foi muito bem recebido pela crítica e denuncia que a parceria Wan-Sandberg evoluiu rapidamente para um nível amizade-quase-amor. Sandberg já está filmando Anabelle 2 e Lights out 2 já foi anunciado, ambos com lançamento previsto para 2017. Se mantiverem o padrão de qualidade, esses caras estão fazendo história.
James Wan, um australiano com ascendência chinesa de 39 anos, que chegou antes ao mainstream (dirigiu o primeiro Jogos mortais e foi produtor executivo de toda a série), tem vários trabalhos anunciados ou em pré-produção. Um dos rumores aponta para um filme chamado The nun (A freira), aproveitando o pânico que a entidade maligna de Invocação do mal 2 provocou no público. Reunindo todos os que citei nesta postagem, serão sete filmes de terror capazes de fazer a diferença. O rapaz também dirigirá Aquaman, ou seja, mais um capítulo na interminável e já cansativa lista de filmes de super-herois que hoje dominam as telas. Ou seja, já se deu bem.
Agora vamos torcer por Sandberg. Ele merece. Vá se assustar.
3 comentários:
Meu estilo de filme preferido é o terror. Ainda não assisti Ao "Quando as Luzes se apagam". Irei sábado.
Queridíssima Ana, que bom ter contato contigo de novo. Tenho me lembrado de ti, nestes tempos em que voltei a escrever um pouco no blog. Espero que não percamos contato. E ainda pretendo tomar um café contigo, no dia em que formos conhecer as Minas Gerais.
Não se esqueça do principal: Pão de queijo. Meu apErtammnto é simples, mas vocês serão muito bem-vindos, Juiz de Fora os espera.
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