sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Depois de 16 anos, Belém tem prefeito novamente!

Edmilson Rodrigues e meu ex-professor, Edmilson Moura, tomaram posse na tarde de hoje, respectivamente como prefeito e vice-prefeito de Belém. Em sessão anterior, os vereadores eleitos no último mês de novembro também foram empossados, sendo 18 fora de situação de reeleição, o que implica grande renovação da Câmara Municipal de Belém, uma necessidade premente. Dentre os edis, Bia Caminha, em quem votei. Por conseguinte, estou satisfeito como há milênios não me sentia.

Crédito: reprodução do Facebook


As sessões de posse dos vereadores, primeiro, e da chapa do Executivo, depois, foram marcadas pela emoção de alguns que se manifestaram e pelo tom de cordialidade e até de brincadeira, com direito a vereador empossado sendo liberado para se concentrar com o time, pois é goleiro.

Eleita também a nova mesa diretora da Câmara, como esperado, Zeca Pirão, o mais bem votado de todos os eleitos e membro da maior bancada (do MDB, partido do governador Hélder Barbalho), é o novo presidente da Casa, o que é bom para o prefeito, já que o governador ofereceu parceria ao novo governo municipal. Vale lembrar que Hélder postou uma foto, em rede social, no dia do segundo turno da eleição, em que ele e a esposa apareciam trajando camisas de cor lilás, a cor de campanha da chapa PSOL-PT. Para bom entendedor...

O novo prefeito citou explicitamente a oferta de parceria, em seu discurso. Portanto, isso confirma que Edmilson chega a seu terceiro mandato em um cenário brutalmente diferente ao do período 1997-2004. Em 1996, ele foi eleito como azarão e teve contra si uma campanha implacável que reunia o governo do Estado (à época, na pessoa de Almir Gabriel, dono de uma fama de perseguir inimigos), a Assembleia Legislativa, a Câmara Municipal, outras instituições (que não deveriam funcionar como puxadinhos do governador), a mídia (à frente, as Organizações Rômulo Maiorana, que funcionavam como "diário oficial" do PSDB) e o empresariado. Agora, Edmilson retorna bem mais experiente, com avanços pessoais (a continuidade de sua formação acadêmica) e políticos (sua combativa atuação como deputado federal). Seu tom é mais conciliador e se abre para uma Câmara Municipal repleta de pessoas prometendo apoio ou, pelo menos, "oposição de qualidade", um governo do Estado amistoso e a simpatia, ao menos, do grupo de comunicação da família Barbalho. Se bem que o tom das ORM parece bem leve, também.

Outro mérito de Edmilson é ter como vice uma pessoa que nós sabemos quem é o que fez nos últimos anos. Edilson Moura tem uma atuação política respeitável e está à altura do cargo hoje assumido. O mesmo não se podia dizer da maioria dos vices anteriores (exceção, talvez, a Orlando Reis, por seus muitos anos como vereador, atuação que nos faz saber quem é, mas não angariar meus elogios). O nefasto Duciomar Costa teve como vice um político de carreira que mudou o domicílio eleitoral para concorrer ao cargo, pois sua base sempre fora o sudeste do Estado, ou seja, oportunismo. E o inoperante Zenaldo Coutinho teve uma vice que eu nunca soube de onde saiu. E caso o prefeito hoje fosse o delegado especial de classe especial, seu vice era um sujeito tão sem noção e desagradável quanto o titular.

Enfim, hoje temos algo a comemorar. Já era tempo!

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