sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Numa sexta-feira estranha

Estou num dia algo atípico. Rotineiro, mesmo, só o excesso de coisas para fazer. O meu maior problema nem é a quantidade de trabalho, mas a sua diversificação. Num momento tenho que saber se devo ou não sugerir o provimento de um recurso, o recebimento de uma denúncia, uma condenação, um conflito de jurisdição. No momento seguinte, tenho que planejar uma aula, elaborar uma prova, lançar frequências, orientar monografias. Imediatamente a seguir, tenho que ler um livro, depois um artigo, responder um questionário, preparar um seminário...
Uma hora é penal,outra constitucional, outra processo, outra filosofia, outra ciência política e outra metodologia.
De permeio, tenho que descobrir por que meu telefone fixo parou de funcionar de repente, pagar o cara que consertou a bomba d'água e dar atenção a outras questões domésticas.
Para melhorar, minha esposa viaja hoje a trabalho, deixando-me um final de semana inteiro sozinho com uma filha adoentada, o mesmo final de semana em que o primeiro lote de provas pousa na minha mesa. E depois dizem que somente as mulheres têm jornada dupla ou tripla...
Espero que a sexta-feira de vocês, a última de setembro, seja muito boa e reconfortante. Espero que a minha também acabe sendo. Não é do meu feitio, mas vamos fazer um esforço e pensar positivo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Quanto a matéria pena, faça um favor à sociedade: negue o provimento do recurso; receba a denúncia; condene e determine o cumprimento da pena em regime fechado pelo máximo de tempo possível.
Feito isso, as vibrações positivas da sociedade estarão com você, ajudando-o no restante dos afazeres.

Yúdice Andrade disse...

Das 15h14, sei que seu comentário foi meramente retórico. Não existe a menor possibilidade de uma pessoa pensar, racionalmente, o que você escreveu. Nenhuma.