quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Lasciami

"Lascia ch'io pianga" é a mais conhecida ária de Rinaldo (1711), uma das mais famosas óperas do grande compositor Georg Friedrich Händel (1685-1759), um dos meus favoritos. O libreto é de Giacomo Rossi. A ópera foi composta sobre um poema épico acerca da Primeira Cruzada, escrito por Torquato Tasso no século XVI.

Em síntese, a cidade de Jerusalém está sitiada pelos cruzados, sob o comando de Goffredo. Claro que existe uma grande confusão amorosa: o cavaleiro Rinaldo e a filha de Goffredo, Almirena, estão apaixonados. Argante, o rei sarraceno aprisionado na cidade, pede a ajuda de uma feiticeira, Armida, a quem faz promessas de casamento. Mas Argante se apaixona por Almirena e Armida, por Rinaldo. Todo mundo briga com todo mundo, tendo espíritos malignos de permeio. E como tudo é política, Händel quer fazer média com a Igreja Católica e trata os cruzados como herois e os sarracenos, como vilões. Por isso, estes são derrotados, mas se reconciliam com os até então inimigos quando... se convertem ao cristianismo!

Enquanto transcorre essa confusão, Almirena é sequestrada pela feiticeira. Longe de seu amado e receosa quanto ao futuro, se houver um, ela se lamenta com a conhecida ária:

Lascia ch'io pianga
mia cruda sorte,
e che sospiri
la libertà.

Il duolo infranga
queste ritorte
de' miei martiri
sol per pietà.

Toda esta postagem era para dizer apenas isto: deixe que eu chore o meu destino cruel. Pronto. Bom dia.

Nenhum comentário: