Uma coisa que me irrita profundamente é o clichê. O sujeito quer exprimir uma ideia e, se volta ao tema, repete não apenas o argumento, mas até mesmo a frase. Em uma campanha política, executada por candidatos mais ou menos habilidosos com a retórica, e concebida pelos nefastos marqueteiros, vemos muito isso.
Cada um dos três principais candidatos à presidência da República (o "G3", segundo Eduardo Jorge), tinha os seus cacoetes e, com eles, torravam a minha paciência.
Dilma Rousseff, com sua baixíssima habilidade verbal, adora falar em competência e experiência, além de emendar o seu mote de campanha, sobre o Brasil avançar mais.
Marina Silva abusou da parelha "nova política" vs. "velha política", que se tornou um rótulo para tudo que ela gosta ou desgosta. Um saco, até porque essas expressões pouco ou nada significam, ainda mais considerando a pouca diferença entre esses candidatos.
Aécio Neves adora repetir que se juntou "aos melhores" (pior ainda: a uma "seleção brasileira"). Coisa bem tucana isso, de pressupor que são elite intelectual, técnica, moral, etc. No fundo, é tudo balela.
Felizmente, a campanha acabou. Não teremos mais que aturar a maioria dessas asneiras aborrecidas. Mas duas delas voltarão à carga no segundo turno. Haja saco.
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