Por uma interessante coincidência, retorno na tarde de hoje ― dia da instituição dos cursos jurídicos no Brasil e dia do advogado ― a uma tarefa que marca o início de minha carreira docente.
Em 1999, participei de um processo seletivo para professor substituto do curso de Direito da Universidade Federal do Pará. Passei em segundo lugar, mas com muito orgulho de ter sido o único candidato a receber a nota máxima na prova didática, o que eu, aos 24 anos de pura inexperiência, interpretei como prova de minha vocação.
Aquela seleção fora para professor orientador do Núcleo de Prática Jurídica (NPJ), mas como esse serviço era vinculado ao Departamento de Direito Penal e Processual e faltavam professores para todos os lados, ganhei duas turmas de Penal I. Quase explodi de alegria com isso.Estava realizando o meu sonho.
Naquele mesmo ano, em setembro, fui contratado pelo CESUPA para lecionar Noções de Direito, Legislação e Ética para o curso de Tecnologia em Processamento de Dados. Quatro meses depois, recebi o convite para ser o primeiro professor de direito penal daquele curso então nascente. Naquele momento, éramos pouco professores e tínhamos a função de fazer um curso inteiro funcionar pela primeira vez, pois tudo era novidade, literalmente. Assim, eu também fui um dos fundadores do NPJ do CESUPA.
Em 2003, recebi o convite para trabalhar no Tribunal de Justiça do Estado do Pará, o que me incompatibilizou com a advocacia e, por consequência, com a orientação no NPJ, já que eu não podia assinar peças nem fazer audiências.
Hoje, enfim, já tendo encerrado meu compromisso no TJE há 5 meses e retornado ao exercício da advocacia, voltarei também ao NPJ do CESUPA para um novo ciclo de orientação. Terei a oportunidade de conhecer turmas para as quais não dei aula, conviver um pouco mais com ex-alunos, ajudar de formas diferentes e, claro, aprender coisas que eu mesmo preciso saber, pela vivência dos casos que nos chegam e troca de experiências com os colegas e com os nossos alunos.
Estou feliz pela oportunidade de participar de mais um aspecto da formação acadêmica das novas gerações e, claro, pela lembrança do meu nome, o que representa mais uma carinhosa validação da instituição que me acolhe há quase 16 anos. Espero estar à altura da missão.
2 comentários:
Caro Professor Yúdice,
Seja bem vindo de volta a Advocacia e a prática jurídica. Como professor certamente você influenciou positivamente não só a mim, mas diversos profissionais de hoje, com a mensagem de com esforço a satisfação se alcança. Tenho até um pouco de inveja, destes novos alunos, que vão ter a oportunidade de compartilhar desta experiência fora de uma sala de aula, mas num ambiente também de muito aprendizado.
Quem sabe não nos encontramos por aí, numa dessas audiências da vida profissional. Será um imenso prazer.
Abs,
Alexandre Carvalho.
Que bela e merecida trajetória! Que bom conseguir achar esse lugar tão especial onde posso me sentir mais perto, além da sala de aula, e saber um pouco mais dos pensamentos deste meu grande mestre! Um grande abraço. Ev.
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