Outro dia foi uma ex-aluna, com seus 20 e poucos anos. Neste final de semana, a mãe da cantora Gaby Amarantos. Hoje, a atriz Betty Lago. Todas levadas pelo câncer. Todas me proporcionando um sentimento agudo de tristeza, como se fossem pessoas de minha convivência. É a empatia. Eu compreendo a luta, a derrota e a perda.
Tenho andado triste. A saúde de minha mãe tem degenerado rapidamente e sua alma tem sido abalada por isso. Não há dias tranquilos. As noites, menos ainda. Toda a família é profundamente afetada com vivências assim. Estamos todos tristes, com as almas prostradas. Mesmo que nos esforcemos em sentido contrário, há um cansaço que vai se apossando de nós. São sentimentos estranhos e contraditórios. Naturalmente, isto deixa a todos com a sensibilidade bastante aflorada.
Isto explica as minhas lágrimas ao ler que uma pessoa desconhecida morreu. E a minha imensa preocupação com o futuro de todos nós, em especial de minha filha, claro. Afinal, nosso estilo de vida é cada vez mais cancerígeno. Nós comemos mal, passamos muitas horas em ambientes antinaturais, entupimo-nos de remédios duvidosos, respiramos cada vez mais poluição e estamos imersos em aparelhos eletrônicos de todos os tipos. Acima de tudo, nós nos negligenciamos. Quem diz que se cuida, em geral, o que realmente faz é se exceder para exibir uma imagem falsa nas redes sociais.
Os fatores de risco se acumulam, mas não as boas notícias. Estou preocupado. Que futuro nos aguarda?
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