Um ano não é uma pessoa. Não é um ser senciente. Um ano não é, sequer, tempo, pois é apenas uma convenção humana. O resultado de uma decisão tão arbitrária quanto a de 1818, quando o segundo passou a ser definido como 9.192.631.770 períodos da radiação correspondente à transição entre dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133, seja lá o que isso for.
Faltam pouco mais de 10 minutos para o final do ano de 2015, essa convenção que se tornou minha inimiga. Penso nele como se fosse alguém, imbuído do firme propósito de nos fazer mal. Mas é hora de isso acabar. Aproveitando a convenção humana, é hora de virar a página. A dor não acaba na virada do ano, mas podemos nos propor a ter coragem de seguir em frente. Mais do que simples palavras.
É hora de recomeçar. Seja como for, venha o que vier. Porque virá, de qualquer jeito. Inexoravelmente, como sempre. Chega de choro, de sofrimento e de lamúrias. Chega de sombras. Que venha um novo ano e com ele a vida. E que seja uma vida feliz. Para todos nós. Inclusive para mim.
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