quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Testemunha de assalto com refém

Foto do Twitter.
Voltava para casa ontem, por volta das 21 horas, quando cheguei à Av. Duque de Caxias e estranhei um engarrafamento no local. Julguei tratar-se de um acidente, com o trânsito emperrado pelos indefectíveis curiosos, sequiosos de sangue. Mas à medida que me aproximava, notei uma grande quantidade de viaturas da polícia. Deduzi que havia um assalto com refém em andamento.
Pensei que o assalto era numa churrascaria recentemente inaugurada na esquina da Curuzu, mas agora descobri que se tratava de mais um "sequestro-relâmpago", iniciado em bairro vizinho. Um casal, rendido em seu automóvel, ficou sob a mira de dois assaltantes. Para variar, um deles menor.
O que me chamou a atenção, no momento, foi a quantidade de curiosos amontoados nas calçadas e no canteiro central da avenida. Imagine se a situação foge ao controle e alguém atira? O curioso vai morrer de graça, quando podia estar em casa fazendo alguma coisa útil!
Eu realmente não entendo o que motiva as pessoas a esse tipo de atitude. Eu só queria que o mané da minha frente fosse embora de vez e me deixasse seguir caminho.

5 comentários:

Anônimo disse...

Achi incrivel em Belém esse fetiche que existe nas pessoas de ficar observavdo a tragédia ou a situação de risco de seu semelhante, isso beira o masoquismo e redunda numa situação macabra em que a plebe se sacia da desgarça alheia muitas vezes dificultando uma melhor ação dos agentes públicos e redundando numa dificuldade no trânsito já caotico nessa cidade do alcaide DUDURISSIMO que se diz igualado em competência apenas a Antônio Lemos.

Yúdice Andrade disse...

Só me lembro do extinto programa "Sai de baixo", no qual o personagem Caco Antibes ensinava que, para chamar um pobre, é só gritar "acidente! acidente!"
Pelo que vejo, entretanto, a morbidez e a autocolocação em risco, aqui em Belém, não conhece classes sociais. Todo mundo quer dar a sua espiadinha.
Deus me livre.

Artur Dias disse...

O pessoal fica esperando pra ver se a polícia libera o linchamento...

Frederico Guerreiro disse...

É realmente curioso esse comportamento, 'excuse me', de burro.
Certa vez estava eu em uma pet shop quando iniciou um tiroteio no assalto a uma lotérica em frente. Eu imediatamente corri para trás de uma pilha de mercadorias e me abaixei. Enquanto isso, percebi que as pessoas todas corriam para a porta da loja gratando "tiro!", para testemunhar o que estava acontecendo, ora pois. Só há uma explicação: burrice, falta de inteligência para conseguir se determinar em meio a variadas situações.

Yúdice Andrade disse...

Muitos nem isso, Artur.

Fred, é uma completa falta de senso de perigo. Então ou o sujeito é retardado, ou burro, ou completamente irresponsável. E ainda levam crianças junto!