sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Federalização da educação básica

O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) defendeu, em Plenário, nesta sexta-feira (3), a federalização da educação básica brasileira. Para o líder do PDT no Senado, o ensino oferecido aos brasileiros deve ter a mesma qualidade em todas as regiões do país.
Precisamos de uma educação mais igualitária em todo o país, onde não haja diferença no ensino oferecido no Sul e no Norte. E a federalização do ensino fundamental é o melhor caminho para termos mais equilíbrio nas oportunidades oferecidas a toda a população brasileira disse.
Gurgacz observou que, atualmente, as mães exercem atividade profissional e não estão mais tão presentes na educação de seus filhos. Assim, em sua opinião, as crianças precisam ser atendidas pelo Estado, em dois turnos, enquanto os pais trabalham. O senador sugeriu que, num primeiro momento, a medida seja adota em escolas modelo e, depois, implantadas em todo o país.
Nossas crianças precisam da atenção do Estado para que possam ser atendidas em dois turnos em creches e nas escolas, com atividades educativas e complementares, enquanto os pais trabalham. Eu sei o tamanho do desafio e as dificuldades que enfrentaremos para adaptar todas as escolas, mas temos de começar com escolas que sirvam de modelo para a implantação em todo o País, recomendou.
Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) ressaltou que a federalização é importante para dar tratamento igualitário a todas as escolas do Brasil, o que as prefeituras e governos estaduais não têm condições de fazer. Com a federalização, observou ele, os melhores profissionais da educação são selecionados e podem receber bons salários.
Em seu pronunciamento, Acir Gurgacz ainda destacou como temas importantes para discussão em 2012 a reforma tributária, o cooperativismo, a produção agrícola e a demarcação de terras indígenas. 
Da Redação / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Será que resolve? Será que ao menos melhora?

No mais, devemos por em termos essa história de não haver diferença "no ensino oferecido no Sul e no Norte". Espero que o senador tenha pretendido dizer diferenças na qualidade do ensino oferecido, e não nos conteúdos, porque a regionalização do conhecimento é importante. Quem não se lembra da velhíssima discussão sobre os métodos pedagógicos e livros didáticos que, aqui no Norte, baseavam-se em exemplos com uvas, pêssegos e outros elementos desconhecidos das crianças locais? Precisamos de livros falando de pirarucu, de puçá, das peculiaridades amazônicas, etc.

Espero, enfim, que seja apenas uma questão de adequação dos argumentos, para evitarmos os detestáveis etnocentrismos que tanto conhecemos.

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