quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Um possível monitor (2)

Está tudo pronto para a realização da prova de monitoria 2012 no CESUPA, daqui a dois dias. No início desta semana, foi divulgada a lista de candidatos remanescentes, após a eliminação de uns poucos na fase de análise do histórico escolar. Dois candidatos da minha disciplina foram afastados, por terem média inferior a 7. É sobre isso que desejo escrever.

Alguns alunos pensam que, para ser monitor, o candidato nunca pode ter sido reprovado em disciplina alguma. Não se trata disso, mas apenas de que apresente média 7 em toda a sua vida acadêmica. Longe de ser apenas um número, o 7 simboliza uma condição do aluno, que permite classificá-lo como alguém que cumpriu as exigências mínimas de rendimento em seu curso. Veja-se que eu disse mínimas. O ideal é que o aluno nunca se conforme em ser apenas mediano.

Seria uma iniquidade se um aluno que reprovou em algum momento fosse sumariamente impedido de concorrer a uma vaga de monitor, em definitivo. Além da carga demeritória da medida, seu efeito antipedagógico é claro: não estimula aquele que falhou uma vez a se recuperar. Mas a sistemática como efetivamente é, baseada na média atual do estudante, enseja efeito oposto: aquele que já reprovou percebe que precisará esforçar-se mais, a fim de ter notas acima da média e, com isso, permanecer nela no cômputo geral. Aí sim vemos um estímulo a que o aluno estude mais e apresente melhores resultados.

Por isso, os candidatos excluídos da lista não precisam ficar vexados. Que tomem isso como um incentivo a produzir mais este ano, a fim de que, no próximo, estejam aptos a concorrer. E quem sabe que excelentes monitores não podem ser?

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