Texto atualizado em 8.2.2012.
Já escrevi em outras ocasiões acerca do enorme valor que atribuo à monitoria de ensino, no âmbito acadêmico. E nem poderia ser diferente, considerando que eu mesmo sou fruto dessa experiência, tendo atuado por dois anos consecutivos sob a orientação do Prof. Hugo de Oliveira Rocha, na mesma disciplina que hoje leciono.
Sempre fiz questão de ter um monitor ao meu lado. Quando o programa foi implantado no curso de Direito do CESUPA, tive o privilégio de receber um acadêmico e, desde então, salvo por dois anos em que não houve vaga por razões alheias a minha vontade, sempre estive assistido por um estudante, cujo perfil desvelava um maior interesse pelas atividades acadêmicas. Dois deles se tornaram professores da casa, posteriormente, sendo que um permanece conosco, lecionando justamente Direito Penal, além de processo penal.
Outros ex-alunos que foram monitores também estão lá, conosco. Nossa instituição tem o hábito de valorizar a prata da casa, o que considero uma característica muito positiva.
Daqui a onze dias, será realizada a prova do concurso de monitoria 2012. O certame é realizado como uma espécie de minivestibular. Até as regras disciplinares são as mesmas. Quem fica à frente das atividades é a Coordenação de Graduação e não as coordenações de curso, como pensam alguns incautos. Os cursos fazem apenas a intermediação com os professores, para elaboração e correção das provas.
Este ano, observei um significativo aumento de procura. Nunca antes tive tantos candidatos para a minha disciplina: foram 17 inscrições deferidas, mas na fase de análise do histórico escolar o número de candidatos caiu para 15. Esse número só refletirá o que parece se os candidatos realmente comparecerem, pois curiosamente muita gente se inscreve e falta no dia da prova. Não compreendo isso.
Outro aspecto que me chamou a atenção foi o aumento da procura por mulheres. Por alguma razão que não sei explicar, as mulheres parecem menos afinadas ao Direito Penal, pelo menos no que tange à monitoria. A esmagadora maioria dos interessados sempre é composta por homens, mas este ano temos seis acadêmicas no páreo, correspondendo a um terço da lista.
Após três anos auxiliado por Antônio Graim Neto, que entre nós dispensa apresentações, estou na expectativa para conhecer o meu mais novo braço direito. Por isso desejo boa sorte — e muito, muito estudo! — para Adrian Silva, Camila de Oliveira, Ian Nogueira, Ítalo Vaz, Janary Valente, Lucas Souza, Luciana Souza, Maíra Domingues, Pedro de Oliveira, Raphaela de Moraes, Rodrigo Silva, Rômulo Moura, Thamires de Oliveira, Tiago Batista e Vanessa Barra. Façam bonito!
5 comentários:
Professor, sempre venho ver seu blog, que alias gosto muito, mas não posso deixar de comentar nesta sua postagem, ja que fiquei ultra nervosa, o lado bom é que fazia tempo que não sentia esse nervosismo novamente que só a sua materia e suas provas me proporcionam. um abraço!
Mas não é para ficar nervosa, Raphaela. São palavras de estímulo, porque quem estuda tem todas as condições de passar nessa prova. Boa sorte.
Pudera eu ter tido tempo para fazer isso enquanto teu aluno. Tudo bem que muito provavelmente não teria sido na tua área, mas com certeza eu o faria para o processo civil. Mas será que eu saberia ensinar? Penso que eu não seja tão paciente com relação a isso. Afinal, saber é uma coisa, passar os conhecimentos é outra.
Também estou ansioso para saber quem será o próximo a ocupar esta cadeira. Posso chamar de cadeira?
Um recado aos candidatos: a gente aprende muito mais do que ensina, mas para isso, é preciso estar de coração aberto. Humildade em primeiro lugar! Não, nós não sabemos tudo! Sim, é preciso muita dedicação para fazer um trabalho bem feito.
Boa sorte a todos.
Mas a monitoria serve para isso, Fred: ensinar a ensinar. E treinar outras habilidades. Estou certo de que teria sido uma grande experiência para ti, considerando o teu senso de responsabilidade.
Nunca havia pensado sobre essa "cadeira", Antônio. Quem sabe um puff? Ahahahahahahah
Gostei muito de teres destacado a humildade. Nada pior do que um monitor que acha que, por ter logrado aprovação num concurso, já virou catedrático. Isso é logo percebido e prejudica toda a interação com os alunos.
Comigo, alguém assim não se criaria. Felizmente, só tive sorte ao longo dos anos.
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