domingo, 30 de dezembro de 2012

Caindo aos pedaços

Nada mais sintomático do que foram os 8 anos da miserável era Duciomar Costa: a "inauguração" de um shopping popular, na Rua João Alfredo. Nada mais que um camelódromo, o que por si só não é algo mal. Muito pelo contrário. Conheci um no Município de São José, vizinho a Florianópolis, muito bom. Uma estrutura daquelas, aqui em Belém, seria algo ótimo, porque é fundamental disciplinar o comércio, tirando a balbúrdia das ruas e assegurando, minimamente, a procedência lícita das mercadorias.

Mas em vez disso, o que temos aqui é um prédio porcamente reformado, com gravíssimos problemas internos, e até mesmo de salubridade, muito embora dentro dele deva funcionar um restaurante popular. Tudo isso segundo a imprensa tem publicado. Claro que as desculpas já apareceram: o andar superior pertenceria a particulares e a prefeitura nada poderia fazer em relação a essas unidades.

Na página da prefeitura, apenas uma notícia, de evento futuro. Não houve atualização. No Portal ORM, contudo, leio que a "inauguração" realmente aconteceu. Na matéria, sem imagens, o presidente da associação de ambulantes afirma que "Após a entrega da obra, o primeiro passo é articular a vinda de lojas e serviços âncoras, o segundo passo é capacitar os trabalhadores e o terceiro é abrir linhas de crédito para que os trabalhadores possam investir no novo local de trabalho."

Entenderam? Só entregaram o prédio (sim, caindo aos pedaços). Falta fazer todo o resto. Os trabalhadores não chegarão a nenhum lugar simplesmente se instalando no local.

Enquanto isso, o Diário do Pará, em sua principal coluna, noticia hoje que, "No apagar das luzes, sem estudo técnico ou planejamento", o ainda prefeito-desastre assinou sete concessões de linhas de ônibus para Belém, para beneficiar dois apaniguados seus, um deles o líder de seu partido em Castanhal. Alegadamente, os outros empresários do setor pedirão ao novo prefeito que reveja a deliberação.

De minha parte, fico com a mesma pergunta de todo final de governo: por onde andarão os discos rígidos dos computadores da Administração Pública?

Tudo típico. Absolutamente típico.

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