terça-feira, 4 de outubro de 2011

Estado paralelo

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) enviou nesta segunda-feira (3/10) uma carta à presidenta Dilma Rousseff criticando a intenção do governo de rever pontos da Lei Geral da Copa para atender exigências feitas pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), como tornar o Código de Defesa do Consumidor sem validade durante a Copa do Mundo de 2014. Cópias do documento também foram encaminhadas aos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Esporte, Orlando Silva Junior.
A Fifa diz que é fundamental rever a concessão da meia-entrada para idosos e estudantes e a proibição à venda de bebidas alcoólicas nos estádios. A federação também quer o aumento da pena de prisão por falsificação de produtos durante o mundial de futebol.


A FIFA age como se fosse um Estado paralelo, com mais poderes do que os Estados normais, haja vista que estes se regem, em suas relações internacionais, através da negociação e da diplomacia, tomando por premissa o princípio da autodeterminação dos povos. Exceto os Estados Unidos, é claro. A FIFA, entretanto, baseia-se na imposição: se quer o meu evento, suspenda as suas leis, interrompa a fiscalização, crie todas as facilidades para mim e cale-se.
Nossa presidenta teria dito que tais exigências estão fora de questão e que o nosso governo na recuará. Quero ver. Só acredito vendo. Afinal de contas, é de futebol que estamos falando.
Leia o restante da matéria.

Um comentário:

caio disse...

Mais que um Estado paralelo, é uma ONU paralela, tendo até mais membros do que as próprias Nações Unidas.

Uma coisa que não entendo ser aceita como "normal" é os clubes não poderem recorrer à justiça comum para se defender, sob risco de penalidades (ao clube e à própria federação de que faz parte). Apenas na desportiva...