terça-feira, 28 de outubro de 2014

A cidade dos semáforos

Primeiro dia, hoje, de funcionamento em dia normal de trabalho do semáforo instalado na Av. Pedro Álvares Cabral, no limite da Prefeitura de Aeronáutica de Belém. Resultado: uma previsível e substancial retenção do tráfego.

As sumidades que gerenciam o trânsito nesta capital só conhecem um instrumento para contingenciar o comportamento de nossos psicopáticos motoristas: semáforos, semáforos e mais semáforos. Desconheço (e conto com a ajuda dos amigos para me informar se isso existe mesmo em algum outro lugar) outra cidade em que o sinal abre, você dobra à direita em uma avenida importante e dá de cara com outro semáforo  e fechado!  bem na sua cara, com apenas cinco metros de distância, o suficiência para um único automóvel. A depender da quantidade de veículos fazendo o trajeto, o congestionamento está garantido, até porque vai bloquear, ainda que parcialmente, o cruzamento.

É exatamente isso que acontece na Av. Almirante Barroso, a principal de Belém. Você passa da Perebebuí, da Lomas Valentinas, da Mariz e Barros (e progressivamente de novos cruzamentos) e lá está um semáforo acendendo a luz vermelha, breves segundos após lhe ter acenado com um verde.

O engraçado, ou mais detestável ainda, é que existe uma alternativa muito mais simples e barata para assegurar o direito do transeunte de atravessar a rua com segurança: o tempo do pedestre, este sim um recurso aplicado em várias cidades. Refiro-me ao período em que o sinal fecha para os veículos que trafegam por todas as vias, abrindo-se exclusivamente para pedestres. Para implementar uma medida dessas, não se gasta dinheiro nem sequer com tinta para pintar uma nova faixa de segurança. Basta regular os semáforos e informar a população sobre o novo procedimento. Simples assim. Dá para implantar a medida imediatamente, dona prefeitura.

Mas sou leigo no assunto, então provavelmente estou brutalmente errado. Certos, mesmo, devem estar esses gênios que, dia após dia, garantem que ninguém saia do lugar. Deve ser uma missão de vida: estimule as pessoas a correr menos, a contemplar mais a paisagem, a interagir com quem está ao seu lado. Pena que não seja na praia.

Um comentário:

Alan Wantuir disse...

Professor seu comentário é mais que oportuno, eu devo ser outro idiota para comentar sobre o que o sr. comentou com maestria.