sábado, 5 de novembro de 2011

Fonte inesgotável...

Ah, a imprensa, sempre ela!
O portal do Diário do Pará de hoje está demais. A notícia é "Dirigir alcoolizado agora é crime". Como assim, "agora", cara pálida? O Código de Trânsito é de 1997, ou seja, nada mais nada menos que 14 anos de vigência. Tudo bem que o art. 306, que define o tipo de condução sob efeito de álcool sofreu alterações mas, no geral, a incriminação existe há muito tempo.
Conforme você pode ler aqui mesmo no blog, o que aconteceu foi que o Supremo Tribunal Federal reconheceu que o crime em questão é de perigo abstrato, mantendo a vigência plena da norma, o que é coisa muito diferente do que foi afirmado na matéria. O autor do texto está profundamente desinformado, o que é muito ruim para um jornalista, eu suponho.
De outra banda, a capa do jornal, na edição de hoje, tem como manchete principal: "Juiz encerra greve dos professores". Com efeito, um juiz determinou o retorno da categoria ao trabalho a partir de segunda-feira. Mas isso é uma ordem, não uma realidade. Para que a greve possa ser efetivamente encerrada, é preciso que a ordem seja cumprida e isso não apenas não aconteceu ainda como o sindicato deu a entender que será insubmisso. Donde decorre que a matéria está além dos fatos. E isso também não é bom para o jornalismo, eu suponho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Conveniente seria a SEDUC explicar por que modificou a forma de calcular as vantagens dos salários dos professores, a mudança ocorreu a partir do mês de setembro e provocou grande corrosão nos salários.
A questão do Piso salarial tem monopolizado a atenção da greve ou da mídia sobre a greve, mas é preciso falar da hora atividade que não é paga pela SEDUC e sobre o calculo das gratificações. Só uma analise mais ampla das questões que afligem os professores podem explicar porque uma greve deflagrada em setembro, outubro foi capaz de ter tanta adesão da categoria. Se os motivos não fossem realmente fortes ninguém imaginaria uma greve agora.
É preciso a SEDUC reconhecer que errou, que promoveu um verdadeiro assalto ao salário dos professores ao modificar as vantagens.
Portanto, a greve é pelo Piso, pela hora atividade, pela manutenção da forma de calcular as vantagens (esta fórmula existe há 25 anos) e pelo PCCR.
Quer prestar um serviço à educação: escreva, reflita sobre os pontos indicados aqui, assim a população realmente ficará informada.
O que não foi dito é que a SEDUC modificou a fórmula de calcular os salários, fato que fez os salários encolherem após o mês de setembro. Teve colega que depois deste mês viu seu salário diminuir cerca de R$100,00. O governo concedeu R$24,00 de aumento e retirou as vantagens, o resultado é que o salário ficou menor.
Outra coisa compare a carreira do professor da SEDUC com o professor da SEMEC (Belém). Verá que em Belém TODAS as vantagens da carreira são melhores e que o Piso é pago em Belém.
Aposto uma coisa: O IDEB de Belém vai subir e o do Estado vai desabar e a culpa vai ser deste governo que não respeita os professores.