terça-feira, 29 de novembro de 2011

Férias, mas não minhas

No último dia 18 de janeiro, minha filha Júlia iniciou sua vida escolar. Quem lia o blog no final do ano passado deve se recordar que eu e minha esposa demos uma atenção muito grande à escolha da escola para a qual confiaríamos nossa menina. Fizemos nossa escolha e estamos muito satisfeitos com a Escola Santa Emília, que se desincumbiu muito bem de sua missão. Não temos críticas a fazer, ao passo que temos muitos aspectos positivos a destacar. Numa outra hora.

Neste momento, quero dizer apenas que foi assustador perceber o prejuízo ao trânsito de nossa cidade em apenas alguns meses. Quando comecei a me largar num percurso longo, para deixar Júlia na escola, o tráfego fluía um pouco emperrado. Bastaram umas poucas semanas para que eu fosse obrigado a deixar as vias principais e me enfiar em ruelas secundárias de bairros, estreitas e cheias de lombadas, para conseguir ao menos andar. No começo, dava certo. No segundo semestre, contudo, ficou patente que muita gente estava copiando a ideia. Seja como for, pontos de engarrafamento iam surgindo e se intensificando. Estar atrasado virou uma rotina trágica (e que muito me angustia), embora o meu despertador tenha sido reprogramado. Cada vez menos sono em minha vida, sem que isso me proporcione algum benefício.

Nestas últimas semanas, as técnicas para manter o bom humor perderam a eficiência. Não podia mais tolerar a situação sem esperança de não ter como evitar o sufoco. Não há rota alternativa, nem horário, nem procedimento que se possa adotar para fugir dos engarrafamentos. Passei a contar os dias para as férias de Júlia. Esse dia, enfim, chegou hoje. Vocês não imaginam o quanto comemorei. Penso nesta quarta-feira e acredito que terei 1% a mais de qualidade de vida, porque meu primeiro trabalho é perto de casa. Mas sei que é bom não elevar demais as expectativas.

Júlia permanecerá na Escola Santa Emília porque acreditamos demais na escola. Mas, meu Deus, se penso no próximo mês de janeiro, a hipertensão começa a se instalar em mim...

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Yúdice, eu compreendendo mt bem sua angústia com o trânsito caótico da região metropolitana de Belém.Moro em Ananindeua e pra mim é um sufoco ter que me deslocar ao centro de Belém. Pelo menos, trabalho próximo de casa, mas mesmo assim pego transito. A BR é terrível. É mt carro e além do mais em Belém não existe engenharia de trafego.O nosso trânsito não flui, como ocorre em outras cidades. Hj em dia, todo o horário é de pico. Mas, tentar relaxar.Mas que é um sufoco tudo isso é. Um abraço. Márcio Farias