Sim, eu sei que há alguns meses o PMDB deixou a base de sustentação do governo estadual e agora trabalha para eleger Helder Barbalho governador no próximo ano. Também sei que, graças a isso, boa parte do Diário do Pará é dedicada, diariamente, a bater duramente na gestão tucana (como se vê pela nota acima, publicada na edição de hoje). Não é minha intenção fazer concessões à ingenuidade.
Contudo, não é de hoje que se fala de gastos astronômicos, irreais e irracionais com publicidade, estratégia utilizada para burlar as incapacidades do poder público. Sabemos que se aloca uma verba inacreditável para pagar marqueteiros, principalmente aqueles bem amigos, que ajudaram durante a campanha eleitoral e depois, por coincidência, venceram a licitação para a prestação de serviços ao governo.
Mas 170 milhões de reais em menos de três anos é algo que deveria ser motivo de escândalo! É escandaloso em si mesmo e fica pior quando se fazem comparações. Isso deixa bem claros os objetivos de um governo, que não são do interesse público. Por isso, realmente deveria haver mecanismos mais contundentes para vedar esse tipo de absurdo.
Quem esteve na inauguração da nova Santa Casa disse que o governador Simão Jatene descreveu um cenário idílico para o nosso Estado. Pelo visto, vivemos aqui muito melhor do que na Suécia. Típico do tucanato: números e fantasia. Jatene está cada vez mais parecido com seu afilhadão, Duciomar Costa. Mas enquanto eles vivem suas dimensões paralelas, nós enfrentamos a dura realidade.
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