Em minha ignorância, eu achava que não existia regeneração nas células cerebrais. Descubro, agora, que existe sim, mas apenas no hipocampo (ao menos no que diz respeito aos mamíferos).
Segundo Ballone*:
"O Hipocampo é uma estrutura localizada nos lobos temporais do cérebro humano, considerada a principal sede da memória e importante componente do Sistema Límbico. Além disso é relacionado com a sensação espacial.
Esta estrutura parece ser muito importante para converter a memória a curto prazo em memória a longo prazo. A mágica que transforma informações em memória acontece em duas regiões do cérebro ao mesmo tempo: o Hipocampo (bem no centro do cérebro, na altura dos lobos temporais) e o córtex frontal (a massa cinzenta que reveste a fronte do cérebro). Cada vez que uma pessoa se lembra de algo, essas áreas sofrem um aumento de metabolismo e, consequentemente, do fluxo sanguíneo."
A descoberta recente dá conta de que, ao longo da vida, os neurônios do hipocampo vão sendo substituídos por outros, novos. Isso é bom, mas tem um senão: quando um neurônio se vai, leva consigo as memórias nele gravadas. E assim está explicado por que não nos recordamos de nossa infância. Com esta nova informação, os neurocientistas podem corrigir a crença de que a regeneração neuronal otimizava a memória e o aprendizado, abrindo novo campo de pesquisas. Quem sabe não podemos usar essa condição como estratégia para aprendermos mais?
Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/novos-neuronios-podem-substituir-antigos-limpar-memoria-12480413
* http://www.psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerDicionario&idZDicionario=602
2 comentários:
Com o tanto de massa encefálica que o Diário Polícia estampa nas capas todos os dias, os pesquisadores poderia ver como utilizar esse material nessas novas pesquisas. Belém teria um enorme potencial de doadores de acordo com as fotos do Diário.
Não tinha pensado sob essa perspectiva, das 14h15, mas o pior é que é verdade.
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