terça-feira, 8 de julho de 2014

Mais do mesmo futebolístico

À exceção, obviamente, de quando a seleção vence, toda copa é a mesma coisa: enquanto os brasileiros vencem, é aquele ufanismo desbragado, irracional, alucinado. Quando começam a perder, subitamente começam a falar em humildade, em tirar o salto, a elogiar as seleções que se ocuparam mais de preparação do que de badalação, a criticar a imprensa que age à margem dos fatos e, por fim, começam os discursos de ódio.

Sempre assim.

Agrada-me pensar que me mantenho coerente. Amo tanto este país que só não torço por ele nas copas. Não compro esses discursos lunáticos de que vencer a copa da FIFA serve de alento para os nossos problemas, que são muitos. Temos necessidades muito maiores e prementes. E sei reconhecer o pão e circo.

No mais, se eu tivesse que torcer por alguém, seria pela Alemanha, país que me inspira profunda simpatia, por seu elevado senso de civilidade, respeito ao meio ambiente, à ciência e à cultura. Então não mudei de lado em momento algum.

Claro que, aos olhos de todos, o errado sou eu. Mas só eu permaneço onde sempre estive (além de uns poucos outros brasileiros). E mais não preciso dizer. Porque quem está satisfeito não precisa falar, muito menos esbravejar. Só viver o momento.

6 comentários:

Anônimo disse...

Se o governo é horrível, a política criminal péssima, a cultura terrível, e agora o futebol é ainda pior que o da Alemanha, por que não te mudas?

Yúdice Andrade disse...

Porque você não suportaria a minha ausência.

Anônimo disse...

Eu ficaria mt feliz , se fosses para outro pais , ou ainda melhor para outro planeta , que tal marte ou plutão ? Cara tu és um chato e arrogante. Não estou falando acerca do futebol , falo pelas suas aulas , que eu odeio e pelos seus comentários em sala , todos um saco .

Yúdice Andrade disse...

Eu consigo entender facilmente que um aluno, frustrado por ter ficado reprovado, e tendo o desenvolvimento emocional de uma criança, transfira a terceiros as responsabilidades que são suas - e o professor é o alvo mais óbvio. O que eu não entendo é que, estando livre de mim, porque não dou aula na dependência, essa mesma pessoa gaste tanto tempo e emoções visitando o meu blog e procurando chamar a minha atenção. Aliás, após quase 8 anos de blog, você acha que é o primeiro hater que me aparece? Como digo a todos, é o caso de procurar ajuda especializada.
No mais, já vi cenas assim inúmeras vezes e elas não me impressionam. Achar que um ataque aos meus brios profissionais vai funcionar só confirma a sua infantilidade. Sou um profissional pronto até para isso. E se não fosse, ainda assim estaria em dia com a minha terapia.
Vá cuidar dos seus problemas, criança. Ou, se quiser tratar deles comigo, faça-o como um adulto e venha me falar pessoalmente. Escondidinho aí atrás do seu tecladinho não vale. Nem este blog é programa sensacionalista de TV. Logo, ou você age como adulto, ou sua audiência acabou.

Anônimo disse...

Desculpe me meter no assunto , mais o senhor já parou para pensar porque tem tantos "admiradores" , os haters??

Yúdice Andrade disse...

Das 22h23, sua pergunta ficou algo dúbia. Não sei se você me questiona sobre haver tantos haters que continuam visitando o blog ou sobre eu ter tantos haters, algo que poderia ser lido como "você fez por merecer".
Vamos esclarecer: no próximo mês, este blog completará 8 anos de existência. Nesse meio tempo, devem ter aparecido por aqui uns 5 ou 6 desses covardes bobinhos, que ficam mais persistentes. Houve um que me deu prazo para tirar o blog do ar, senão daria uma surra em mim ou em alguém de minha família. Rio disso até hoje.
Ao lado desses doentes - há vários estudos sobre esse tipo de comportamento, disseminado nestes tempos de internet acessível -, houve episódios isolados de pessoas que se queixaram de manifestações específicas minhas. Algumas aceitaram minhas réplicas, outras não.
O fato é que, no contexto do tempo de existência do blog e de quase 500 mil acessos, esses 5 ou 6 meninos tolos constituem um número irrelevante. Posso ter dado a entender que houve inúmeros, quando mencionei ter havido outros haters, mas não é o caso. Além disso, tenho vários amigos blogueiros e posso assegurar que, a menos que seu blog seja humorístico (e inocente!), em algum momento você vai passar por esses confrontos. Escreveu sobre política, religião, futebol? Meteu o dedo na ferida do comportamento das pessoas? Pode contar que haverá algum melindrado. Isso acontece mesmo que você apenas noticie um fato objetivamente, sem fazer juízos de valor. A verdade é que as pessoas hoje entendem o que bem querem e, na esteira do tal "direito à felicidade", querem e exigem ser contentadas. Se o que você escreve não mima o ego descontrolado delas, haja fúria!
Outro fato é que nenhum hater assina seus comentários. São cachorrinhos correndo atrás do caminhão que passou na rua. Por isso que não há nada melhor do que ignorá-los, já que o desespero deles, em geral, é por atenção.
O blog me proporcionou momentos felizes e úteis em proporção muito maior. E, sim, graças a ele fiz ótimas amizades, gente que conheci por aqui e até alguns que até hoje não conheço pessoalmente, mas com quem me relaciono com estima e respeito. Felizmente, há gente de bem por trás dos teclados e elas também aparecem. É a estas que dou atenção.
E vamos em frente. Como sempre fiz.