Dia desses, uma viatura da SEMOB, modelo Toyota Etios hatch, adesivada com as características do órgão de trânsito, estacionou na Av. Júlio César, no sentido Almirante Barroso - Aeroporto, em frente ao Cassino dos Oficiais da Aeronáutica. Obstruindo a ciclofaixa, diga-se de passagem. Ali foi instalado um radar móvel de velocidade, que deve ter causado infelicidade a muita gente. Afinal, há anos o Superior Tribunal de Justiça assentou que são válidas as autuações por excesso de velocidade registradas por radar, mesmo que sem qualquer aviso aos condutores. O objetivo óbvio é que todos se controlem o tempo inteiro, não apenas no momento e nos locais onde há fiscalização.
Hoje, a viatura e o radar móvel estão novamente no mesmo local. Mas eles têm companhia! Na Duque de Caxias, sentido Marco - São Brás, salvo engano entre as travessas Perebebuí e Pirajá, encontra-se um Fiat Uno branco, contendo apenas um adesivo azul na porta, indicativo de veículo a serviço da Prefeitura de Belém, sem especificação do órgão. Convenientemente estacionado à sombra das mangueiras, em cima da calçada. Por isso, os condutores não prestarão atenção. Nem verão o radar móvel posicionado bem ao lado.
Não sou contra a fiscalização de surpresa. O que me emputece na atuação da SEMOB são as coisas de sempre: primeiro, o caráter exclusivamente punitivo (e consequentemente arrecadatório), sem qualquer interesse em medidas educacionais, em abordagem ao condutor, nem que fosse para passar um pito antes de realizar a autuação, o que poderia ter algum efeito pedagógico, que certamente não será alcançado com o mero recebimento da multa pelo correio.
O segundo ponto revoltante é a seletividade. A SEMOB parece obcecada com o controle de velocidade e até está reduzindo o limite em várias vias da cidade (Zé-Nada Coutinho jamais admitirá que está se inspirando em Haddad), mas simplesmente não se interessa por filas duplas e triplas ou por cruzamentos bloqueados, que são diários e causam gravíssimos prejuízos à mobilidade urbana. Não aguento mais falar disso, porque nada é feito. A cidade vive travada e mecanismos, legais e simples, que poderiam ajudar não são aplicados, por falta de interesse.
O resultado é que, entra ano, sai ano, as coisas só pioram. E o meu dia de fúria se aproxima.
2 comentários:
Entre os inúmeros desafios do trânsito em Belém, destaco o cruzamento das avenidas Augusto Montenegro e Independência/Centenário. Ali impera o caos a qualquer hora do dia.
Para começar, existe uma parada de ônibus bem em frente ao supermercado Líder. Aquela parada está no lugar errado, pois provoca retenção no fluxo da Augusto Montenegro, no sentido Entroncamento-Icoaraci. Quando o sinal fecha nesse fluxo, os ônibus continuam parados no cruzamento e quem segue pela Independência com destino ao centro de Belém não consegue passar.
O correto seria eliminar essa parada e recolocá-la após a lanchonete do McDonald's. O povo precisa aprender a andar um pouco!
Logo à frente, outro erro absurdo da Semob! Um semáforo em frente ao Colégio Sophos, a apenas 300 metros do cruzamento já citado. Esse semáforo foi criado para a travessia de pedestres, OK, mas deveria ser mais adiante, em frente à Escola Estadual Raymundo Martins Vianna - ou, pelo menos, em frente ao Parque Shopping.
O que me assusta é que a Semob possui tantos "especialistas", tantos engenheiros de tráfego, e não conseguem resolver coisas simples como essas.
Outro absurdo é que está sendo construída uma passarela a 200 metros de outra na Almirante Barroso, para beneficiar a Escola Militar que será aberta no ex-prédio da Escola de Governo. A 200 metros de outra passarela!!!
Das 17h49, lúcidas as suas ponderações. Realmente, nós enfrentamos aqui esses problemas de (a) semáforos com tempos sem a menor sincronia; (b) aqueles semáforos estúpidos na Almirante Barroso, logo após o cruzamento, que geram retenção inevitável; (c) irracionalidade dos itinerários das linhas de ônibus; (d) falta de fiscalização sobre fila dupla e obstrução de cruzamentos; (e) pontos de ônibus mal posicionados, dentre outros.
Sobre o ponto de ônibus em frente ao Líder, lembro que um pouco à frente, ônibus e vans costumam parar, em frente ao Condomínio Montenegro Boulevard. O ideal seria unificar as paradas, no local que você sugeriu.
A questão das passarelas mostra outro problema crônico nosso: o provincianismo. Obras públicas são realizadas para atender aos interesses dos amigos ou dos importantes. Esse é um critério para construir ou remover passarelas. Lembre que a passarela em frente ao antigo Colégio Lauro Sodré foi retirada quando ele virou Tribunal de Justiça, pois somente aí a instalação passou a ser considerada um incômodo para a visão do prédio histórico. Piada!
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