Esse negócio de esposa viajar a trabalho, ainda que por um tempo breve, causa lá os seus percalços. Isto é, porque suponho que o vazio de ter passado a noite de ontem completamente só em casa (Júlia me apurrinhou para ir dormir na casa da avó, o que normalmente não permito quando a mãe viaja, senão eu é que fico no abandono!) é o motivo da minha inquietação.
Como as redes sociais e, mais recentemente, o tal de WhatsApp permitem que fuxiquemos a vida alheia o tempo inteiro, literalmente, de repente me bateu uma sensação de que os meus diferentes núcleos de convivência estão lá fora, neste exato momento, festejando, curtindo, celebrando, se encontrando, praticando esportes, visitando amigos e um monte de outras coisas, e só eu estou aqui, sozinho em casa, de cara para este computador, sem saber exatamente qual dos incontáveis trabalhos farei primeiro, e principalmente como, ou criando coragem para finalizar a maldita declaração do imposto de renda.
Tem isso também: o período da declaração do IR é o pior momento do ano para mim. Meu humor fica péssimo e sinto uma vontade de estrangular coisas vivas.
Para me distrair, ainda naveguei um pouco pela Internet, atrás de alguma notícia reconfortante, mas encontrei desgraças, bandalheiras e futilidades. Sim, tenho consciência de que o problema não está lá, e sim cá. Por isso mesmo, melhor não continuar procurando.
Desculpem o mau humor. Ninguém pode estar no topo o tempo inteiro, não é? Vamos melhorar.
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