Acabei de ver as dez questões de direito penal e processo penal do Exame de Ordem aplicado ontem (vi uma prova azul). No geral, estavam bastante fáceis, principalmente a de processo, com três questões bem diretas, daquele tipo que nivela por baixo.
Deu para perceber que os elaboradores andaram resgatando o livro do Damásio de Jesus para a clássica questão sobre pacto de morte. Também incorreram naquele vício horrível de provocar dúvida com base em bobagens, como na questão em que a alternativa correta se diferenciava de outra por uma única palavra: "objetivo", sendo que na opção incorreta o mesmo texto citava "subjetivo".
Chamou minha atenção uma questão no fundo boba, que no entanto não indicava que o personagem era delegado de polícia. Como o enunciado mencionava requisição do Ministério Público para instauração de inquérito, qualquer acadêmico de direito com ao menos dois neurônios deduziria tratar-se de um delegado, até porque as alternativas só contemplavam crimes contra a Administração Pública. Mas diante da omissão do texto, talvez algum queixoso exija a anulação. Vamos ver qual será a decisão da Fundação Getúlio Vargas.
Em suma, as dez questões pouco exigiam dos candidatos. Baixo índice de aprovação não se justifica, ao menos nessa parte da prova.
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