Cerca de 50 presos que receberam concessão para saída temporária na Páscoa não retornaram às unidades prisionais. O número representa 5,4% do total de detentos que puderam sair: 938. As saídas temporárias fazem parte do processo de reintegração social previsto na Lei de Execução Penal (LEP).
De acordo com o Superintendente do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), tenente coronel André Cunha, o número de presos que não retornaram diminuiu consideravelmente: “Em 2011, o número de presos que não retornaram era de 17,41%, em 2012, 8,04%. Felizmente estamos no terceiro ano consecutivo de queda”.
Para os detentos terem o benefício, eles precisam atender requisitos básicos: bom comportamento, ter cumprido no mínimo 1/6 da pena e estar em regime semiaberto.
Foram concedidas saídas temporárias à detentos dos municípios da Região Metropolitana de Belém e também de Tucuruí, Tomé-Açú, Redenção, Capanema, Santarém, Marabá, Castanhal, Paragominas, Itaituba, Altamira, Cametá, Abaetetuba e Mocajuba.
Fonte: http://www.diarioonline.com.br/noticia-241257-51-presos-nao-voltaram-da-pascoa-e-sao-foragidos.html
A reportagem acima não foi redigida em termos maniqueístas, o que já é uma feliz surpresa. E deu o destaque necessário à avaliação da própria SUSIPE, de que o nível de obediência dos apenados à lei está em aparente curta ascendente. Na verdade, são tantos os fatores que interferem sobre essa situação que é difícil tirar conclusões, sem uma investigação mais intensa e organizada. Podemos, no máximo, comparar números e dizer que o prognóstico tem sido bom até aqui.
A média nacional de evasão estava em 10% ou 11% há pouco tempo. O Pará estava acima em 2011, mas apresentou queda acentuada. Ainda não encontrei os dados nacionais. Seja como for, até segunda ordem, fica-se com um saldo positivo em favor do tão controverso programa estatal de ressocialização do delinquente. Vamos torcer para que não seja mera impressão.
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